Política

Líderes afirmam que pedido de impeachment contra Temer deve ser arquivado

Líderes afirmam que pedido de impeachment contra Temer deve ser arquivado Líderes afirmam que pedido de impeachment contra Temer deve ser arquivado Líderes afirmam que pedido de impeachment contra Temer deve ser arquivado Líderes afirmam que pedido de impeachment contra Temer deve ser arquivado

Brasília, 28 – Deputados da base aliada afirmaram que o pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer protocolado nesta segunda-feira, 28, pelo PSOL deverá ser arquivado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“É uma forçação de barra esse pedido de impeachment”, disse o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM). “Não acredito que haja nenhuma razão para abrir um procedimento de impeachment contra o presidente Michel Temer”, afirmou.

Ele lembrou que, em abril, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve de aceitar um pedido de impeachment contra Temer, mas os líderes, por não verem “condições e necessidades”, sequer indicaram integrantes para compor a composição que analisaria as denúncias.

Para o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), Temer não cometeu crime de responsabilidade e o pedido deverá ser arquivado nas “próximas horas ou dias”. “O presidente Temer tem, até por vocação, ser um conciliador, administrar conflitos, e é o que ele fez. Existia divergências técnicas, e o presidente, ao que tudo indica, procurou arbitrar, conciliar, e mediar a questão via Advocacia-Geral da União”, disse.

O pedido protocolado pelo PSOL tem como base a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra Geddel Vieira Lima, que deixou a secretaria de Governo na semana passada. Calero afirmou que Temer o “enquadrou” para que ele atuasse na liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador, no qual Geddel havia comprado um apartamento.

Para o partido, ao interceder por Geddel, Temer cometeu crime de responsabilidade “contra a probidade na administração”, e procedeu de “modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”. Cabe ao presidente da Câmara, aliado de Temer, decidir se aceita ou não o pedido.