Política

Líderes da base pedem urgência para projeto que reduz salário de Dilma

Líderes da base pedem urgência para projeto que reduz salário de Dilma Líderes da base pedem urgência para projeto que reduz salário de Dilma Líderes da base pedem urgência para projeto que reduz salário de Dilma Líderes da base pedem urgência para projeto que reduz salário de Dilma

Brasília – O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), informou que os líderes da base aliada assinaram nesta terça-feira, 23, um requerimento de urgência para acelerar a votação do projeto de decreto legislativo que reduz em 10% os salários da presidente Dilma Rousseff, do vice Michel Temer e de todos os ministros.

Em outubro, a presidente Dilma anunciou durante a reforma ministerial que encaminharia a medida ao Congresso. Passados quatro meses, a promessa não foi cumprida e a presidente, o vice e os 31 ministros continuam recebendo R$ 30.934,70 por mês. O projeto está paralisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “É outra medida que visa ajudar no esforço fiscal que o governo está fazendo”, disse Guimarães.

O petista afirmou que na reunião da base aliada com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, não foi discutido a prisão do marqueteiro João Santana. “A oposição não tem agenda, ela fica esperando todo dia uma manchete no jornal ou um episódio para construir sua agenda. A nossa agenda corre paralelamente a isso. Nós queremos votar as matérias de interesse do País”, declarou.

Guimarães defendeu que o episódio não pode abalar a determinação de votar as matérias importantes e enfatizou que é preciso enterrar o pedido de impeachment de Dilma, chamado por ele de “morto-vivo”.

Em defesa da campanha presidencial de Dilma, Guimarães lembrou que as empresas também doaram para candidatos de oposição e que é difícil distinguir “se isso foi dinheiro de propina ou coisa que o valha”. “Estou seguro que a campanha de Dilma não fez recursos oriundos desses desvios, assim como o candidato adversário, que também recebeu dinheiro. Quer dizer que só vale para um lado e não vale para o outro?”, questionou.

O petista defendeu uma apuração que não seja seletiva. “Nós queremos que o TSE também apure se houve caixa 2 na campanha do adversário”, emendou. Ele também cobrou investigações sobre as denúncias envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Claro que tem que apurar tudo. Por que só vale para um lado?”, insistiu.

Pauta

Guimarães disse que o foco desta semana será a votação do projeto que regulamenta o teto remuneratório para todo o funcionalismo público, matéria que tranca a pauta, assim como o projeto que tipifica crime de terrorismo. “É uma medida moralizadora importante para o País”, afirmou Guimarães sobre a proposta do teto do funcionalismo. O projeto pode render uma economia anual aos cofres públicos de R$ 800 milhões. A proposta integra o pacote do ajuste fiscal do governo.

O líder ressaltou que o relatório de Ricardo Barros (PP-PR) está “consistente” e próximo do texto original apresentado pelo governo. “Temos boa possibilidade de apoiamento de partidos da oposição”, destacou o relator. O projeto prevê regras claras e padronizadas para pagamento de verbas indenizatórias nas três esferas de governo. Guimarães anunciou que os líderes da base se reunirão nos próximos dias para começar a discutir as reformas estruturantes, entre elas a da Previdência. “A palavra de ordem é ouvir, dialogar, sem preconceitos”, afirmou.