Política

Lobão diz estar 'isento de qualquer culpa', sobre denúncias da Lava Jato

Lobão diz estar ‘isento de qualquer culpa’, sobre denúncias da Lava Jato Lobão diz estar ‘isento de qualquer culpa’, sobre denúncias da Lava Jato Lobão diz estar ‘isento de qualquer culpa’, sobre denúncias da Lava Jato Lobão diz estar ‘isento de qualquer culpa’, sobre denúncias da Lava Jato

Brasília – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admitiu nesta terça-feira, 23, que a crise da Petrobras é séria e “envolve todo o País”, mas afirmou que se trata de uma crise circunstancial. “Crises parecem ser da natureza das nações. Trata-se de uma crise circunstancial, que não tem origem sólida e não vai se projetar no tempo. O governo não tinha conhecimento de desvios e está lidando com as circunstâncias”, disse o ministro.

Questionado sobre o fato de ter sido citado na delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, o ministro alegou não ter informações sobre a forma como teria sido citado. “Só posso responder quando souber o que se alega contra mim ou se há alguma alegação contra mim. Não devo nada, estou isento de qualquer culpa, venha de onde vier”, defendeu-se.

O ministro destacou que a Petrobras é submetida à atuação de uma corregedoria interna, passa por auditorias independentes, e recebe mais de cem mil solicitações por ano do Tribunal de Contas da União (TCU). “A Petrobras não está solta no espaço. Ela é fiscalizada e é sempre saudável que haja mais fiscalização”, afirmou.

Lobão defendeu ainda a capacidade da presidente da empresa, Maria das Graças Foster, em responder à crise na companhia. “Graça tem feito tudo o que pode para colocar a Petrobras nos trilhos. Ela é uma administradora forte e, no que depender dela, tudo se corrigirá rápido e bem.”

Para Lobão, apesar da crise e do envolvimento das principais empreiteiras, que fornecem equipamentos e serviços à Petrobras, a companhia tem “plenas condições” de explorar o pré-sal no regime de partilha da produção. Questionado ainda sobre a queda no preço do barril de petróleo, o ministro detalhou que o custo de extração no pré-sal está em torno US$ 30 a US$ 40 o barril, enquanto o preço do barril ainda está acima dos US$ 65. “O preço ainda é viável para extrair o óleo. Sobretudo no pré-sal brasileiro, que tem 90% de êxito na exploração”.