Política

Lula poderá atuar como assessor especial da Presidência, diz Jaques Wagner

Wagner defendeu o convite feito a Lula para integrar o governo, afirmando que foi correto "convocar o melhor jogador" do PT para a maior disputa política já enfrentada pelo partido

Lula poderá atuar como assessor especial da Presidência, diz Jaques Wagner Lula poderá atuar como assessor especial da Presidência, diz Jaques Wagner Lula poderá atuar como assessor especial da Presidência, diz Jaques Wagner Lula poderá atuar como assessor especial da Presidência, diz Jaques Wagner
Caso não possa assumir ministério, Lula será cotado para assessoria Foto: ​Reprodução / Facebook

Rio – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá assumir o cargo de assessor especial da Presidência da República caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha suspensa sua nomeação como ministro-chefe da Casa Civil, afirmou nesta quarta-feira, 23, o ministro Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.

“Se não desobstruir no Supremo a nomeação dele, pessoalmente sou favorável a convocá-lo como assessor especial da Presidência. O que é importante é que ele tenha um grau de institucionalidade para estar em Brasília não como um cidadão, mas como parte de um projeto político e do governo, para conversar com parlamentares e senadores”, disse, em entrevista a correspondentes de veículos estrangeiros no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro.

Wagner defendeu o convite feito a Lula para integrar o governo, afirmando que foi correto “convocar o melhor jogador” do PT para a maior disputa política já enfrentada pelo partido em 13 anos de governo. Segundo ele, o convite para a Casa Civil foi simbólico por ser o posto mais referenciado do governo depois da presidência. Wagner espera que até o início da próxima semana Lula esteja trabalhando como membro do governo.

O chefe do Gabinete da presidente voltou a criticar o processo de impeachment, reafirmando que se trata de um golpe articulado pela oposição e uma ameaça à democracia. Para Wagner, o que se busca é instituir a lógica de que um governo impopular pode ser objeto de impedimento.

“Definitivamente não há nenhum crime de responsabilidade. E apesar de ser forte a palavra golpe é porque efetivamente é um golpe. Não precisa ser militar, pode ser até sutil como eles estão tentando fazer agora. É golpe porque é mau uso do dispositivo constitucional”, afirmou.