O senador Magno Malta (PL-ES) se acorrentou à Mesa Diretora do Senado na madrugada desta quarta-feira (6) para protestar pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido.
A medida faz parte de obstrução da Casa por parlamentares de oposição que ocupam o local desde a terça-feira (5). Eles pedem o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Nós nos acorrentamos para dar uma clara lição ao presidente do Senado: não sairemos desse lugar”, escreveu o senador nas redes sociais.
Além de protestar pela prisão, os parlamentares também têm como alvos os presidentes das Casas, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Nesta terça-feira, os parlamentares apoiadores de Bolsonaro utilizaram esparadrapos nas bocas para sugerir que são censurados.
O grupo busca pressionar os presidentes das duas Casas legislativas a pautar a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro – incluindo Bolsonaro –, o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado para autoridades.
Tentando a abertura de diálogo, Motta e Alcolumbre convocaram duas reuniões de líderes, separadamente, para esta tarde. A oposição, contudo, não vai ao encontro, pois quer conversar sem a presença dos líderes do governo.
O que diz o senador
Por nota, o senador Magno Malta afirmou que o protesto não se trata de um ato simbólico vazio, mas de resistência.
Como afirmei no plenário: ‘Eu só saio daqui morto’. Esse é o meu compromisso com o povo brasileiro e com a democracia. Seguirei obstinado até que essas pautas sejam finalmente pautadas e debatidas com a seriedade que merecem.
Magno Malta
De acordo com ele, a manifestação visa chamar a atenção do país para três pautas que considera urgentes: o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a anistia dos presos do 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado.
*Com informações do Portal R7