
O senador Magno Malta (PL), ao lado dos também parlamentares Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF), visitou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, nesta sexta-feira (19).
A chamada “visita humanitária” tem o objetivo de acompanhar de perto a situação da deputada “e prestar solidariedade”, como informam os senadores. A comitiva retorna ao Brasil no domingo (21).
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador do Espírito Santo disse que Zambelli ficou muito emocionada. “Ouvimos dela muita tristeza, saudade do filho, da família, do pai e da mãe.”
Magno também afirmou que a deputada é uma “perseguida política”, vítima do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, chamado de “ditador e violador de direitos humanos”.
Os parlamentares da comitiva alegam que Zambelli está sendo caçada com o dinheiro público brasileiro e que cassar seu mandato é violar o direito dos eleitores da deputada.
As despesas da viagem, segundo Magno, foram pagas com recursos próprios, sem custos para o Senado.
Zambelli condenada e presa
Carla Zambelli aguarda, presa, o processo de extradição para o Brasil. A defesa da deputada alegou questões de saúde e pediu que ela aguardasse o trâmite em liberdade, mas a Justiça italiana optou por manter a prisão.
A parlamentar fugiu para a Europa após ser condenada a dez anos de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto. O objetivo era emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Em agosto, quando já estava detida na Itália, ela foi condenada mais uma vez pelo Supremo, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, Zambelli perseguiu um homem no bairro Jardins, em São Paulo, empunhando uma arma.