Política

Maia diz que ministro da Justiça errou ao comentar atuação da polícia legislativa

Maia diz que ministro da Justiça errou ao comentar atuação da polícia legislativa Maia diz que ministro da Justiça errou ao comentar atuação da polícia legislativa Maia diz que ministro da Justiça errou ao comentar atuação da polícia legislativa Maia diz que ministro da Justiça errou ao comentar atuação da polícia legislativa

Brasília – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na tarde desta terça-feira, 25, que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB), errou ao comentar a atuação da Polícia Legislativa do Senado. O órgão foi alvo de operação da Polícia Federal na última sexta-feira, 21, quando quatro policiais legislativos foram presos sob acusação de atuar para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

“O ministro da Justiça é um dos melhores quadros que o governo tem. É um quadro de muita qualidade. Mas, na sexta-feira, ele discutiu o mérito. A Polícia Federal agiu, certo ou errado, por decisão judicial. Mas, a partir daí, a palavra do ministro de discutir o mérito, se a polícia legislativa foi além as suas atribuições, acho que isso não caberia a ele. Essa é uma avaliação que o ministro não deveria ter feito”, disse.

Maia voltou a afirmar que houve uma decisão equivocada do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, responsável por autorizar a operação da PF. “Essa era uma decisão que caberia ao Supremo Tribunal Federal, e não ao juiz”, disse, avaliando que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), agiu corretamente ao fazer um reclamação ao STF contestando a operação.

O presidente da Câmara também saiu em defesa da Polícia Legislativa. Para ele, as ações dela são autorizadas pelo presidente do Senado e têm relação com a proteção do mandato parlamentar e da informação legislativa. Ele afirmou que muitos órgãos, como a Câmara, solicitavam varreduras aos policiais do Senado, porque só a instituição tinha o equipamento que detectava grampos.

Nessa segunda-feira, 24, o presidente do Senado fez duras críticas à operação. Disse que o ministro da Justiça não agia como um ministro de Estado e o chamou de “chefete de polícia”. Renan Calheiros ainda disparou críticas juiz da 10ª Varada Justiça Federal de “juizeco” e disse que a Polícia Federal usou mecanismos fascistas durante a operação contra o Senado.