Política

Mantega diz que bancos públicos são muito bem geridos

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Rio – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o uso dos bancos públicos na política econômica. “Banco do Brasil, Caixa e BNDES têm níveis de inadimplência hoje menores do que o setor privado. Isso indica que eles são muito eficientes. É claro que eles mudaram muito. No tempo do governo FHC, a Caixa quebrou uma vez, o Banco do Brasil quase quebrou, e eles tiveram de colocar dinheiro”, afirmou Mantega, em debate na GloboNews.

Mantega defendeu a política de expansão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com juros subsidiados. “Se não tivesse esse programa do BNDES, nós não teríamos conseguido fazer crescer o investimento em período de crise. Eu sempre repito, nós estamos em um cenário de crise, ele é adverso para o investimento e adverso para a indústria, porém, houve algum crescimento”, afirmou Mantega.

Segundo o ministro, de 2003 a 2013, o investimento cresceu anualmente 5,1%, contra uma média de 1% ao ano nos oito anos dos governos Fernando Henrique Cardoso. “A gente cresceu muito mais do que o período anterior”, disse Mantega.

O ministro defendeu ainda a participação dos bancos privados no financiamento de longo prazo, mas destacou que, nos momentos de crise, eles se encolhem. “Programas sociais também foram muito importantes para manter a população com poder aquisitivo e combater pobreza”, afirmou Mantega.

O ministro da Fazenda ainda defendeu a utilização de políticas anticíclicas para combater a crise. “Você tem que incentivar o investimento dando juro subsidiado, senão ele não vai acontecer. Foi isso que nós fizemos, com o Programa de Sustentação do Investimento, do BNDES. Isso balanceou o investimento nesse período”, afirmou Mantega. “Quando faltou crédito no setor privado, bancos públicos deram mais crédito e com taxas de juros menores”, completou o ministro.

Mantega defendeu também a atuação do Estado na economia, com mais investimentos. “Elevamos o investimento do Estado”, disse. Segundo o ministro, em 2002, 3,3% do PIB era o investimento do Estado; hoje é 4,7%.

“As concessões que fizemos são vitoriosas, estão já entregando. Aeroportos estão sendo entregues, estradas estão sendo construídas ou duplicadas”, afirmou Mantega, citando ainda as desonerações e redução de tributos.