Marina tenta acabar com fama de frágil na reta final da campanha Marina tenta acabar com fama de frágil na reta final da campanha Marina tenta acabar com fama de frágil na reta final da campanha Marina tenta acabar com fama de frágil na reta final da campanha

marinaDurante a semana a presidenciável Marina Silva (PSB) esteve no Espírito Santo para uma visita de quase quatro horas. O comício lotou o clube do Álvares Cabral, em Vitória, no entanto houve na militância um sentimento de que ela podia mais. Ir às ruas e fazer caminhadas junto com o povo, um corpo-a-corpo mais intenso, até porque seu candidato ao governo, Renato Casagrande, precisa dar uma guinada e “desmentir” as pesquisas que colocam seu principal adversário, Paulo Hartung (PMDB), como possível governador já no primeiro turno.

Marina tem a fama de ter a saúde frágil, é alérgica a uma série de produtos. Da última vez que veio ao Estado ficou cansada e precisou parar para descansar durante as caminhadas. Por outro lado, os apoiadores dizem que a visita ficou restrita ao comício por questão de tempo, já que ela vem percorrendo até três estados por dia.

Se a saúde física pode ser debilitada, Marina tentar mostrar sua força no discurso, que hora se alterna com voz mansa e outra com gritos mais exaltados, o que acaba evidenciando sua rouquidão devido aos vários discursos que vem fazendo ao longo da campanha.

Em Vitória, a presidenciável que está sendo alvo de ataques tanto da presidente Dilma Rousseff, quanto do tucano Aécio Neves, pregou o discurso cristão de se alguém lhe bater, que ofereça a outra face. “Mas não é para levar uma bofetada senão meu pescoço fino não aguenta”, disse levando a militância ao riso.

Seu vice, Beto Albuquerque, também fez questão de exaltar a força da ex-senadora que passou fome e vem sendo alvo de boataria dos adversários de que irá acabar com o Bolsa Família. Ele comparou a socialista a uma planta do Amazonas que enverga, mas nunca quebra.

A menos de 15 dias da eleição, Marina tem a tarefa ainda de puxar votos para Casagrande aqui no Estado e se proteger dos ataques inimigos que ficaram mais agressivos ao aparecer quase empatada com Dilma nas pesquisas no primeiro turno. Chegou a hora dela mostrar que por trás da aparência frágil está uma candidata que pode governar o país a pulso firme. Se ela vai conseguir, só no contagem dos votos em 5 de outubro. Até lá, apesar do pouco tempo, há um longo caminho pela frente.