
O presidente da Assembleia Legislativa (Ales) e os deputados estaduais repercutiram no Plenário a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A manifestação ocorreu nesta quarta-feira (29), quando defenderam um reforço na divisa entre os estados.
A operação mais letal da história do Rio de Janeiro, deixou 132 mortos, entre eles quatro policiais, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Além disso, segundo um balanço oficial, foram apreendidas toneladas de drogas e 90 fuzis.
Durante o Plenário da Ales, o presidente Marcelo Santos lamentou as mortes e disse que elas aconteceram em função da reação de criminosos ao trabalho das Polícias Militar e Civil, que foram cumprir os mandados judiciais.
Bom seria que os policiais pudessem cumprir as decisões judiciais sem mortes, mas foram recebidos pelos bandidos até com maior poder de fogo do que a polícia. Isso somente aconteceu porque os atiraram contra policiais e, se atiram contra policiais, atiram contra o Estado, que está ali para defender a sociedade.”
Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa
Marcelo Santos defende “fechamento das divisas”
Marcelo Santos equiparou a atuação das organizações criminosas ao terrorismo, defendeu a reação do Estado e também pontuou “para fechar as divisas” sobre os perigos da fuga de bandidos para o Espírito Santo.
Se a polícia se render, o crime fica com mais poder de fogo. Se a polícia se acovardar, as facções vão agir. E, podemos esperar, eles vão vir para cá, como muitos já estão por aí, entre nós. Temos que nos preparar para fechar as divisas. O nosso Estado tem que defender a população.”
Marcelo Santos, presidente da Assembleia Legislativa
Deputadas pedem um minuto de silêncio para vítimas
No início da sessão, as deputadas Iriny Lopes (PT) e Camila Valadão (PSOL) também registraram um minuto de silêncio, porém, com a ressalva de que era para “todas as vítimas da megaoperação”.
É a operação mais letal da história (…) Política de extermínio não é política de segurança. Combate à criminalidade se faz com inteligência e não com violência. É lamentável que cristãos não lamentem a morte de todas as pessoas.”
Camila Valadão, deputada do PSOL
Por outro lado, o deputado Capitão Assumção (PL) pediu um minuto de silêncio para aos quatro policiais mortos, sendo acompanhado por Delegado Danilo Bahiense e Lucas Polese (PL), Alcântaro Filho (Republicanos), Coronel Weliton (PRD) e Zé Preto.
Lucas Polese também afirmou que “o crime organizado controla 28% do território nacional e mantém refém um quarto de nossa população”. Zé Preto completou dizendo que “somente homenagearia os policiais”.
*Com informações do Estadão