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Militantes governistas realizarão ato na Avenida Paulista no próximo domingo

Militantes governistas realizarão ato na Avenida Paulista no próximo domingo Militantes governistas realizarão ato na Avenida Paulista no próximo domingo Militantes governistas realizarão ato na Avenida Paulista no próximo domingo Militantes governistas realizarão ato na Avenida Paulista no próximo domingo

Brasília – Militantes do PT, do PCdoB e de movimentos sociais decidiram fazer um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo, para defender a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato está sendo chamado pelas redes sociais como contraponto às manifestações pelo impeachment de Dilma, também marcadas para domingo, em todo o País, com expectativa de maior concentração justamente na Avenida Paulista.

Uma das convocações traz a seguinte mensagem: “A campanha 2018 começou! Militância nas ruas dia 13/03/2016 (…)”. O panfleto virtual também critica a imprensa. “Vamos dar à Globo golpista um espetáculo para ficar na história. É hora de sufocar a marcha golpista!”, diz o texto.

Segundo dirigentes do PT e do PC do B, a manifestação é espontânea e não está sendo organizada pelos partidos. Em conversas reservadas, porém, parlamentares petistas consideraram “uma provocação” o fato de o protesto contra o governo ser marcado para o dia 13, número do PT.

Na sexta-feira, Lula foi obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. Houve confronto entre manifestantes pró e contra o ex-presidente.

Em pronunciamento naquele dia, Lula disse que se sentiu “prisioneiro” e anunciou sua candidatura à sucessão de Dilma, em 2018. A presidente mostrou “inconformismo” com a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento e o visitou neste domingo, em São Bernardo do Campo, para prestar solidariedade.

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que Lula seja dono de um tríplex no Guarujá reformado pela empreiteira OAS e de um sítio em Atibaia, que recebeu benfeitorias de empresas hoje investigadas pela Polícia Federal por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás. Lula sempre negou a propriedade dos imóveis.

Em nota divulgada no sábado, o juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato, lamentou que “as diligências tenham levado a pontuais confrontos em manifestações políticas inflamadas, com agressões a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar”.

Moro destacou ainda que as medidas tomadas na sexta-feira atenderam à solicitação do Ministério Público e “não significam antecipação de culpa do ex-presidente”.