Política

Ministro sai de férias após divulgação de documento reservado do Planalto

O documento foi elaborado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, comandada Traumann, e revelado com exclusividade pelo estadao.com.br nessa terça-feira

Ministro sai de férias após divulgação de documento reservado do Planalto Ministro sai de férias após divulgação de documento reservado do Planalto Ministro sai de férias após divulgação de documento reservado do Planalto Ministro sai de férias após divulgação de documento reservado do Planalto
Ministro-chefe da Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann Foto: Divulgação

Brasília – O ministro-chefe da Comunicação Social da Presidência da República, Thomas Traumann, vai tirar seis dias de férias a partir desta quarta-feira 18. Segundo despacho publicado no Diário Oficial da União, o período de descanso de Traumann vai até a próxima segunda-feira, dia 23. O afastamento de Traumann ocorre um dia depois da divulgação de documento reservado do Palácio do Planalto, cujo conteúdo admite que o governo tem adotado uma comunicação “errática” desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O documento foi elaborado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, comandada Traumann, e revelado com exclusividade pelo estadao.com.br nessa terça-feira, 17. O texto não assinado circulou entre ministros, dirigentes do PT e assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre alguns pontos, o documento afirma que os apoiadores de Dilma estão levando uma “goleada” da oposição nas redes sociais e aponta como saída para reverter o quadro após as manifestações desse domingo, 15, um investimento maciço em publicidade oficial em São Paulo, cidade administrada pelo petista Fernando Haddad. A capital paulista concentra, atualmente, a maior rejeição ao PT.

O texto cita, em tom de alerta, pesquisa telefônica recente feita pelo Ibope a pedido do Planalto na qual 32% dos entrevistados disseram ter mudado de opinião negativamente sobre o governo nos últimos seis meses – ou seja, da campanha de outubro até agora. Conclui que o País passa por um “caos político” e admite: “Não será fácil virar o jogo”.