Política

Moraes mantém prisão de outros dois bolsonaristas do ES por ataques em Brasília

A lista com os nomes dos suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada foi atualizada na noite desta sexta-feira (20)

Moraes mantém prisão de outros dois bolsonaristas do ES por ataques em Brasília Moraes mantém prisão de outros dois bolsonaristas do ES por ataques em Brasília Moraes mantém prisão de outros dois bolsonaristas do ES por ataques em Brasília Moraes mantém prisão de outros dois bolsonaristas do ES por ataques em Brasília
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Outros dois bolsonaristas do Espírito Santo presos por suposta participação nos ataques golpistas contra as sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília, tiveram as prisões em flagrante convertidas em prisão preventiva. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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As prisões convertidas nesta sexta-feira (20) são do empresário Marcos Soares Moreira, 39, que nas redes sociais se diz morador de Vitória; e do missionário Felício Manoel Araújo, 56, de Venda Nova do Imigrante.

Foto: Reprodução/ WhatsApp
Felício Manoel Araújo permanece preso

Na noite da última quinta-feira (19), três nomes já tiveram as prisões convertidas em preventiva sendo eles: Charles Rodrigues dos Santos, de 41 anos; Maria Elena Lourenço Passos, 44; e Terezinha Locatelli, 55.

Foto: Reprodução/Facebook
Marcos Soares Moreira teve a prisão preventiva decretada

Os capixabas mantidos presos por Moraes passaram por audiência de custódia entre os dias 12 e 14 deste mês.

A lista com os nomes dos suspeitos que tiveram prisão preventiva decretada foi atualizada na noite desta sexta-feira (20).  

Baixe a lista completa:

Condutas foram ilícitas e gravíssimas, segundo ministro

Nos casos analisados após as audiências de custódia que têm sido realizadas desde o último dia 9, o ministro apontou evidências dos crimes previstos nos artigos 2º, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei 13.260/2016, e nos seguintes artigos do Código Penal: 

288 (associação criminosa); 
359-L (abolição violenta do estado democrático de direito); 
359-M (golpe de estado); 
147 (ameaça); 147-A, inciso 1º, parágrafo III (perseguição);
286 (incitação ao crime).

Moraes ainda considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos.

LEIA MAIS: Bolsonaristas do ES presos em Brasília começam a passar por audiências de custódia

Para o ministro, houve flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão.

Ele ainda avaliou que há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas e destacou a necessidade de se apurar o financiamento da vinda e permanência em Brasília daqueles que concretizaram os ataques, segundo material publicado no site da Corte.