Política

Moraes vota para condenar ex-candidata a vereadora no ES por atos golpistas

Renata Brasil concorreu a uma vaga na Câmara Municipal da Serra em 2024; ela esteve em Brasília nos ataques do dia 8 de janeiro de 2023

Renata Brasil, ex-candidata a vereadora da Serra, ré no STF
Foto: Reprodução/Instagram @renatabrasil_modeloplus

A ex-candidata a vereadora da Serra Renata Brasil (PL) pode ser condenada no Supremo Tribunal Federal (STF) por participar dos ataques à Sede dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Ela disputou o pleito de 2024 e não se elegeu.

Renata Maria Dias Pereira é ré da Ação Penal que julga os atos golpistas e, nesta sexta-feira (27), o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, divulgou seu voto defendendo a condenação dela por associação criminosa.

A pena de um ano de reclusão para o crime foi convertida em pena restritiva de direitos.

Sendo assim, se condenada, a ré vai prestar serviços comunitários; participar de um curso sobre democracia e golpe de Estado; ficar sem redes sociais, passaporte e arma de fogo; proibida de se ausentar do município da Grande Vitória; pagar multa de R$ 13 mil; e participar da indenização coletiva de R$ 5 milhões.

Tentativa de golpe

Consta no voto de Moraes que Renata confessou ter saído de ônibus do acampamento do Quartel-General do Exército em Vila Velha rumo a Brasília, onde chegou no dia 8 de janeiro de 2023. Na capital federal, ela permaneceu em frente ao Quartel-General do Exército.

No dia seguinte, ela foi presa em flagrante com os demais envolvidos na depredação.

Mesmo após o dia 8 de janeiro de 2023, a acusada Renata Maria Dias Pereira
permanecia no acampamento golpista, montado em frente ao Quartel-General do Exército, de modo a manter vivo o movimento desordeiro e a busca por um golpe de Estado, até sua detenção pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Voto do ministro relator Alexandre de Moraes.

Para o ministro, a permanência da ré no acampamento reforça a demonstração da adesão dela à finalidade golpista dos ataques que visavam ao golpe de Estado.

A reportagem buscou contato com a defesa de Renata, mas não obteve resposta.

Julia Camim

Editora de Política

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.