Política

Moro amplia prazo da PF em inquérito de propinas na Eletronuclear

Moro amplia prazo da PF em inquérito de propinas na Eletronuclear Moro amplia prazo da PF em inquérito de propinas na Eletronuclear Moro amplia prazo da PF em inquérito de propinas na Eletronuclear Moro amplia prazo da PF em inquérito de propinas na Eletronuclear

São Paulo e Curitiba – O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, deu mais 15 dias para a Polícia Federal finalizar o inquérito envolvendo suposto pagamento de propina nas obras da Usina de Angra 3, ligada à Eletronuclear. O prazo se encerrava na terça-feira, 11, mas foi estendido até o dia 26 de agosto.

A decisão atende a PF que pediu a prorrogação de prazo alegando ‘acúmulo de trabalho e a imprescindibilidade de conclusão dos exames periciais e dos relatórios de análise’.

“Notório que o caso, integrante da assim denominada Operação Lava Jato, reveste-se de certa complexidade”, afirmou Moro na decisão. “Razoável, então, não ter havido tempo hábil para a análise de todo o material apreendido, conforme noticia a autoridade policial, sendo salutar a concessão do prazo adicional previsto em lei para a finalização da investigação. Apesar das provas já referidas na decisão em questão, apontando, em cognição sumária, provas de materialidade de crimes e indícios de autoria em relação ao investigado, afigura-se salutar conceder mais tempo à Polícia Federal para melhor análise do material apreendido.”

O ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva é suspeito de ter recebido R$ 4,5 milhões em propina sobre contratos de Angra 3, de empreiteiras que participaram do negócio, entre elas a Andrade Gutierrez. O suborno no caso pode ter chegado a R$ 30 milhões.

O executivo Flávio David Barra, da Andrade Gutierrez Energia, também está sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção. Flávio Barra foi citado em delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. De acordo com os investigadores, o delator afirmou que participou de reunião entre os vencedores da licitação de Angra 3 e que, na ocasião, teria sido solicitado a Flávio Barra uma ‘contribuição’ a determinados políticos.

Othon Luiz Pinheiro da Silva e Flávio Barra estão presos preventivamente em Curitiba, base da Lava Jato. O pedido de liminar no habeas corpus de Barra foi negado no domingo, 9.