Política

Moro deve ser ouvido nesta terça por três comissões da Câmara

Os deputados querem esclarecimentos sobre as mensagens supostamente trocadas entre Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol

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Foto: Divulgação

Dois dias após manifestações de apoio ao seu trabalho na Operação Lava Jato e no Executivo Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deve participar de audiência na Câmara nesta terça-feira (2), a partir das 14h.

O ministro deverá ser ouvido por três comissões: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ); de Trabalho, Administração e Serviço Púbico; de Direitos Humanos e Minorias.

Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o promotor Deltan Dallagnol.

Na última quarta-feira (26), o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), informou ter recebido correspondência do Ministério da Justiça sobre a disposição de Sergio Moro em comparecer à Câmara.

O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos

No Senado

No dia 19, Moro participou de audiência durante oito horas e meia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde respondeu a perguntas de pelo menos 40 senadores. No dia seguinte, ele chegou a agradecer pelo Twitter os senadores pela oportunidade de explicar os diálogos vazados.

“Agradeço, aliás, aos Senadores e Senadoras a oportunidade para esclarecer os fatos alusivos à invasão criminosa dos celulares de agentes públicos e a sua divulgação sensacionalista”, afirmou.

Na Câmara

Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do Intercept, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato.

Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões do então juiz. Na reunião, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de hackeamento e que as conversas não eram autênticas.

O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita.

Com informações do Portal R7.com