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Moro diz que dossiê preparado por Vaccari 'parece coisa de aloprado'

Moro diz que dossiê preparado por Vaccari ‘parece coisa de aloprado’ Moro diz que dossiê preparado por Vaccari ‘parece coisa de aloprado’ Moro diz que dossiê preparado por Vaccari ‘parece coisa de aloprado’ Moro diz que dossiê preparado por Vaccari ‘parece coisa de aloprado’

O senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou o dossiê preparado por João Vaccari Neto para municiar parlamentares petistas contra ele e o ex-procurador Deltan Dallagnol no Congresso Nacional, como revelado pela Coluna do Estadão. Segundo o ex-juiz, a elaboração do documento lembra “tirania” e “parece coisa de aloprado”.

“Esse dossiê parece coisa de aloprado. (…) Caso aconteça um governo do PT, espero que isso não ocorra, serei oposição, e vou esperar que haja jogo baixo, mas estou com absoluta tranquilidade em relação ao que foi feito no passado e à nossa capacidade de resistir a qualquer espécie de tirania”, afirmou o senador eleito, em entrevista à Jovem Pan.

Moro também disse “não ter ilusões” quanto à “prometida democracia petista”, repudiando o que chamou de “patrulhamento ideológico” que atribui à legenda. O ex-juiz se aliou novamente ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial.

O senador eleito disse ainda que, a despeito de apoiar a reeleição do chefe do Executivo, terá atuação “independente” no Congresso e não dependerá de assentimento do governo para votar nas pautas que julga corretas. “Não estou indo ao Senado como funcionário do Bolsonaro”, afirmou.

Como mostrou a Coluna do Estadão, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto trabalha na produção de um dossiê sobre a Lava Jato para servir de “munição” contra Moro e Dallagnol, que assumem cargos no Congresso em 2023. Tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2014, Vaccari foi condenado e preso no âmbito da Lava Jato.

‘Escândalo dos aloprados’

Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “um bando de aloprados” os petistas que tentaram comprar um dossiê para prejudicar o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB). A suspeita, que culminou na prisão em flagrante de seis integrantes do PT, era de que assessores do então adversário do tucano à sucessão paulista, Aloizio Mercadante, teriam tentado comprar um dossiê contendo acusações falsas contra Serra e Geraldo Alckmin, hoje candidato a vice-presidente na chapa de Lula, e que à época disputava a Presidência contra o petista.