Política

Mourão acha 'difícil' que Forças Armadas sejam usadas contra decretos estaduais

Vice-presidente afirmou que declarações de Bolsonaro sobre o uso da Forças Armadas são resposta "ao que Bolsonaro imagina" sobre o possíveis distúrbios

Mourão acha ‘difícil’ que Forças Armadas sejam usadas contra decretos estaduais Mourão acha ‘difícil’ que Forças Armadas sejam usadas contra decretos estaduais Mourão acha ‘difícil’ que Forças Armadas sejam usadas contra decretos estaduais Mourão acha ‘difícil’ que Forças Armadas sejam usadas contra decretos estaduais
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que as declarações do presidente Jair Bolsonaro, sobre o uso da Forças Armadas para combater decretos estaduais de restrição da circulação do novo coronavírus, são uma resposta “ao que Bolsonaro imagina” sobre o possíveis distúrbios. “Ou talvez baseado em outras informações que eu não disponho de iminência de graves distúrbios públicos, como saques a supermercados, bloqueios de ruas, avenidas ou estradas por uma população, vamos dizer assim, revoltada contra certas atitudes”, completou.

Neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ao apresentador Sikêra Jr., do Alerta Nacional, que o governo tem um plano de “como entrar em campo, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição”.

Durante transmissão promovida pelo Valor Econômico nesta segunda-feira, 26, Mourão avaliou ser “difícil” que aconteça uma situação de calamidade social e consequente uso das Forças Armadas.

Segundo o vice-presidente, existe “um desconhecimento muito grande por parte da elite pensante brasileira” sobre como atuam as Forças Armadas. “Aqui, quem serve ao Exército é o escalão mais baixo da sociedade. Esse nos conhece. Os escalões mais altos não nos conhecem”, disse.

“As Forças Armadas são instituições nacionais, permanentes. A hierarquia e a disciplina são extremamente caras para elas e elas são muito conscientes da missão que está na Constituição”, completou o vice-presidente ao citar a defesa da Pátria, a garantia dos Poderes Constitucionais e a garantia da Lei e da Ordem.