Política

Mourão sai em defesa de Pazuello após pedido de inquérito no STF

Vice-presidente afirmou que acompanha trabalho do ministro da Saúde e que acredita que ele tem feito "trabalho meticuloso, de forma honesta e competente"

Mourão sai em defesa de Pazuello após pedido de inquérito no STF Mourão sai em defesa de Pazuello após pedido de inquérito no STF Mourão sai em defesa de Pazuello após pedido de inquérito no STF Mourão sai em defesa de Pazuello após pedido de inquérito no STF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, saiu em defesa do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nesta segunda-feira (25). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu abertura de um inquérito contra o ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) e Pazuello, por sua vez, viajou a Manaus, que enfrenta um colapso no sistema de saúde, sem data para voltar.

“Uma vez que existe muito ‘disse me disse’ a respeito disso, acho que a melhor linha de ação é que se chegue à conclusão do que aconteceu”, disse Mourão a jornalistas nesta segunda-feira, quando perguntado sobre a situação do ministro da Saúde. “Eu tenho acompanhado o trabalho do ministro Pazuello, sei que ele tem feito um trabalho meticuloso e de forma honesta e competente. Então, que se investigue e se chegue à conclusão do que aconteceu na realidade.”

O vice-presidente minimizou a falta de insumos e imunizantes prontos para vacinar a população brasileira. Na entrevista, ele citou dados de outros países, afirmando que o impasse não ocorre apenas no Brasil. “Esse problema não é só aqui no Brasil. O mundo inteiro acompanha o placar das vacinas”, disse Mourão.

Segundo ele, o Brasil poderá estar na quinta ou na sexta colocação mundial em número de vacinados “brevemente”, apesar de a imunização não significar um alcance satisfatório em relação à quantidade de pessoas no País. “A solução para o Brasil é mantermos os contratos (de vacinas) e acionarmos os contratos que foram feitos.”

Mourão também apontou “ruídos” em torno da vacinação contra a covid-19 e o colapso na saúde em Manaus, além da sucessão no Congresso Nacional, como razões para a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com pesquisa do Datafolha publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na última sexta-feira, 22, a avaliação positiva do governo (ótimo e bom) caiu de 37% em dezembro para 31% em janeiro, enquanto que a avaliação negativa (ruim e péssimo) passou de 32% para 40%. “O governo está fazendo o possível e o impossível para ter um fluxo contínuo (de vacinação) e também aquela questão de Manaus. No momento em que isso for esclarecido, acho que diminuirá esse ruído”, afirmou, citando em seguida a eleição para as presidências da Câmara e do Senado. “Então, semana que vem eu acho que baixam um pouco as tensões”, finalizou.