Política

MPF critica União por 'falsa neutralidade' diplomática

MPF critica União por ‘falsa neutralidade’ diplomática MPF critica União por ‘falsa neutralidade’ diplomática MPF critica União por ‘falsa neutralidade’ diplomática MPF critica União por ‘falsa neutralidade’ diplomática

Brasília – É “inadmissível” a União assumir posição de “falsa neutralidade” diplomática, considerou o Ministério Público Federal em Brasília ao cobrar na Justiça que o governo Dilma Rousseff pague diretamente os médicos cubanos que atuam no programa “Mais Médicos”. Foi com esses termos que o MP criticou o governo federal, em pareceres encaminhados à Justiça Federal, pela forma como foi firmado convênio com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) para viabilizar o pagamento dos médicos cubanos que participam do programa.

Uma dos destaques da campanha de reeleição da petista, o programa prevê o pagamento de R$ 10 mil a cada profissional que tenha aderido ao Mais Médicos. Entretanto, os médicos cubanos recebem mensalmente US$ 1 mil, por meio do convênio entre a União e a OPAS. O MPF contesta o pagamento aos médicos cubanos por meio da OPAS.

O governo federal diz não ser de “conhecimento” do Ministério da Saúde o termo firmado entre a OPAS e o governo de Cuba para pagar os profissionais daquele país. Afirmou ainda ter solicitado tais documentos à OPAS, que, no entanto, “recusou-se a fornecê-los ao fundamento de que estão protegidos por cláusula de confidencialidade”.

“Ora, a conclusão nos parece muito simples: se a União informa que, nos termos do acordo de cooperação impugnado, repassa à OPAS remuneração à razão de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por médico cubano, mas não sabe a remuneração exata praticada pela OPAS ou pelo governo cubano aos médicos de Cuba, porque não pode ter acesso aos ajustes firmados entre estes últimos, é porque ela, a União – ou seja, o governo brasileiro – não sabe em que efetivamente estão sendo gastos os recursos públicos brasileiros!”, critica.