Política

MPF prepara ação de improbidade contra parlamentares investigados na Lava Jato

MPF prepara ação de improbidade contra parlamentares investigados na Lava Jato MPF prepara ação de improbidade contra parlamentares investigados na Lava Jato MPF prepara ação de improbidade contra parlamentares investigados na Lava Jato MPF prepara ação de improbidade contra parlamentares investigados na Lava Jato

Brasília – A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações de 13 inquéritos que tramitam na Corte contra parlamentares supostamente envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. A intenção do Ministério Público Federal é abrir inquéritos no âmbito civil para apurar a prática de improbidade administrativa pelos políticos.

Constam na lista e devem ser alvo das ações os senadores Fernando Collor (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Benedito Lira (PP-AL); o ex-ministro Paulo Bernardo; e os deputados Nelson Meurer (PP-PR), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Arthur Lira (PP-AL) e Vander Loubet (PT-MS); e o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC).

De acordo com os investigadores que conduzem o trabalho em Curitiba, é “impostergável” a apuração dos fatos para responsabilização civil dos parlamentares. A investigação civil – e não penal – de autoridades com foro privilegiado não precisa ser conduzida pelo STF. As penas na ação de improbidade administrativa incluem sanções civis e políticas: como a suspensão de direitos políticos, a perda de função pública, o pagamento de multas e o dever de ressarcir o erário no valor do dano causado.

A força-tarefa solicitou o material ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, por sua vez, fez o pedido ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki.

“No caso, o material probatório produzido é extremamente relevante, pertinente e necessário para possibilitar a instauração de apuração na esfera de responsabilização por ato de improbidade administrativa ao fim do enquadramento das condutas de agentes públicos e terceiros envolvidos, notadamente porque complementam e auxiliam na compreensão do complexo esquema de desvio de verbas públicas em detrimento da Petrobras”, escreveu a força-tarefa.

O compartilhamento foi autorizado por Teori e será feito diretamente pela PGR, que tem acesso aos documentos. Com a autorização judicial, os procuradores que lidam com o caso na Justiça de primeira instância podem aproveitar as provas – como quebras de sigilo bancário ou telefônico – já colhidas nas investigações que correm perante o STF.

“De fato, é possível verificar, pelas razões apresentadas, aparente correlação entre os elementos probatórios colhidos nos mencionados procedimentos com os fatos objeto dos inquéritos civis, instaurados para apurar a prática de atos de improbidade administrativa no âmbito da Petrobras e da BR Distribuidora, o que autoriza o deferimento do pedido”, decidiu o ministro Teori Zavascki.