Política

Na câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres

Na câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres Na câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres Na câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres Na câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres

Genebra – O Brasil tem uma das taxas mais baixas do mundo de presença de mulheres do Congresso Nacional. Dados divulgados pela União Inter-Parlamentar indicam que de um total de 190 países, o Brasil ocupa apenas a 116ª posição no ranking de representação feminina no Legislativo. Na Câmara dos Deputados, 9,9% dos assentos são ocupados por mulheres – 51 de um total de 513. No Senado, elas estão em 12 das 81 cadeiras, o equivalente a 13%.

A taxa está bem abaixo da média mundial, que chega a ser de 22,1% de mulheres ocupando cadeiras nos parlamentos. Os números brasileiros são ainda inferiores aos da média do Oriente Médio, com uma taxa de participação feminina de 16%.

Na Câmara, dos 513 assentos, apenas 51 são ocupados por mulheres

O informe foi publicado pela UIP com a meta de chamar a atenção para a necessidade de que países promovam uma participação política maior das mulheres. Apesar de o Brasil ter sua primeira presidente mulher, a entidade alerta que a representação democrática está abaixo dos padrões internacionais.

Também estão em posição melhor que o Brasil diversos países de maioria muçulmana onde, segundo ONGs como Anistia Internacional, a situação da mulher nem sempre é de igualdade de condições com os homens e onde violações aos direitos humanos são frequentes.

Superam o Brasil em termos de participação de mulheres em Parlamentos países como a Jordânia, Síria, Somália, Líbia, Marrocos, Indonésia, Iraque, Paquistão, Afeganistão, Tunísia, Emirados Árabes e mesmo a Arábia Saudita, com 19% de assentos no Congresso reservados para as mulheres.

Em comparação ao restante da América do Sul, a posição das brasileiras no Congresso também é de inferioridade. Uruguai, Paraguai, Chile, Venezuela, Panamá, Peru e Colômbia são alguns dos estados com maior representação de deputadas que no Brasil.

“Apesar da existência de cotas no Congresso brasileiro desde 1997, a participação de mulheres na Câmara dos Deputados aumentou apenas de 7% para 9%”, indicou a entidade em seu informe anual, publicado em Genebra.

Para a entidade, a falta de financiamento para campanhas e o sistema de representação no Brasil seriam os principais obstáculos. Entre 2009 e 2013, segundo o informe, apenas “melhorias marginais” ocorreram na representação de mulheres no Congresso.

Se no Brasil o avanço foi pequeno, a entidade aponta que, em 20 anos, a representação de mulheres no Legislativo deu salto. Em 1995, a taxa era de 11,3%. Hoje, passou a 22,1%.

A liderança é de Ruanda, com 63% do Parlamento formado por mulheres, seguido pela Bolívia e Andorra. A Suécia, que aparece na sexta posição, é o único país onde as mulheres representaram mais de 40% dos assentos em todas as eleições desde 1995.

Há 20 anos, apenas um país – justamente a Suécia – tinha mais de 40% de seus representantes femininos. Hoje, são 13 países com mais de 40% dos assentos ocupados por mulheres.

Enquanto isso, o número de Parlamentos formado apenas por homens caiu de dez para apenas cinco, entre eles o Catar.