Jaques Wagner, líder do governo no Senado e, em destaque, Jorge Messias, indicado ao STF.
Jaques Wagner, líder do governo no Senado e, em destaque, Jorge Messias, indicado ao STF. Fotos: Edilson Rodrigues/Agência Senado e Marcelo Camargo/Agência Brasil

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou considerar que não há tempo hábil para que o Senado sabatine e vote ainda em 2025 a indicação de Jorge Messias para a vaga aberta do Supremo Tribunal Federal (STF).

A possibilidade de postergação da votação já havia sido adiantada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

“Quando há uma controversa, o candidato tem que visitar as lideranças. Não sei precisar o tempo. Temos quatro semanas até terminar o ano legislativo. Temos LDO, Orçamento, uma série de pautas. Acho que não teremos tempo hábil para votar em dezembro”, declarou em entrevista à Globonews.

Wagner afirmou que fez um levantamento de votos, mas é necessário esperar as conversas de Messias com os senadores já que o voto é secreto. Para ele, também é necessário esperar uma melhora do clima do governo com os senadores, que defendiam a escolha do colega Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Há uma tensão muito grande, acho que tem que esperar esfriar um pouco essa tensão”, disse.

Wagner atribui o desconforto a uma decepção dos senadores pela não escolha de Pacheco. “Há uma espécie de frustração. As pessoas queriam ver o Rodrigo e eu não estou dizendo que ele não chegará lá [STF], porque acho que tem altitude para isso”, declarou.

O senador falou ainda que houve um “erro de comunicação” com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que não teria sido comunicado que a nomeação de Messias sairia na quinta-feira, 20. Disse, porém, esperar que o mal-estar seja resolvido em breve.