O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos responsáveis pela Operação Lava Jato no Paraná, voltou a criticar o governo de Michel Temer (PMDB) na última segunda-feira, 10. Após a leitura do parecer de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) na Comissão de Constituição e Justiça, a favor da denúncia contra o presidente, o procurador defendeu que a acusação feita pela Procuradoria Geral da República siga para o Supremo Tribunal Federal.
Política
'Não há como manter um presidente sob essa suspeita', diz procurador
Carlos Fernando criticou o governo de Michel Temer após a leitura do parecer de Zveiter, na Comissão de Constituição e Justiça
‘Não há como manter um presidente sob essa suspeita’, diz procurador
‘Não há como manter um presidente sob essa suspeita’, diz procurador
‘Não há como manter um presidente sob essa suspeita’, diz procurador
‘Não há como manter um presidente sob essa suspeita’, diz procurador
“É imperativo que a Câmara dos Deputados autorize o processamento da denúncia. Não há espaço para um governo de um presidente acusado de receber propina durante o mandato”, escreveu em seu Facebook.
“Que isso seja julgado no mérito, e não abafado politicamente pelos parlamentares. Se Temer e seus companheiros acreditam na sua inocência, que enfrentem o julgamento.”
Santos Lima criticou, ainda, o vice-líder da bancada do PMDB, deputado federal Carlos Marun (MS). Nesta segunda-feira, o parlamentar defendeu as trocas de deputados na CCJ e disse que a manobra era “correta”. O próprio Marun foi incluído nesta semana como titular na comissão.
“Marun é tropa de choque de Temer, assim como foi de Eduardo Cunha. Indigno é o que ele faz com o mandato que recebeu da população”, escreveu o procurador, que chegou a fazer menção às próximas eleições. “Mas, 2018 está chegando.”
Em outra postagem, o procurador disse que “Não há como manter um presidente sob essa suspeita no mais alto cargo da República”.
Acostumado a fazer postagens críticas em seu Facebook, não é de hoje que o procurador da Lava Jato critica o governo. Nas últimas semanas, o procurador tem usado a hashtag #deixeoSupremojulgar, a respeito da acusação, e já sugeriu que os deputados que barrarem a denúncia na Câmara sejam punidos nas urnas. Santos Lima também saiu em defesa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atacado por Temer durante pronunciamento, após a apresentação da denúncia ao Supremo.
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