Política

'Não procurei nome no Google', diz executivo da Sanko

‘Não procurei nome no Google’, diz executivo da Sanko ‘Não procurei nome no Google’, diz executivo da Sanko ‘Não procurei nome no Google’, diz executivo da Sanko ‘Não procurei nome no Google’, diz executivo da Sanko

Brasília – O sócio da Sanko-Sider Comércio de Produtos Siderúrgicos, Márcio Andrade Bonilho, afirmou nesta quinta-feira, durante depoimento à CPI Mista da Petrobras, que pagou R$ 33 milhões em comissão ao doleiro Alberto Youssef. Segundo ele, o pagamento foi feito porque Youssef intermediou negócios da empresa com construtoras. Bonilho sustentou também que soube que o doleiro havia repassado parte do dinheiro a dois executivos da construtora Camargo Corrêa. Ele negou irregularidades nas transações.

O empresário declarou que contratou Youssef porque ele tinha um “bom tráfego” entre as empreiteiras, mas que veio a saber somente depois que se tratava de um doleiro. “Eu não entrei no Google para checar o nome dele”, disse.

Segundo Bonilho, a Sanko fechou 12 negócios a partir dos contatos do doleiro e pagava a ele comissões que variavam 3% e 15% da margem de lucro. O principal deles foi o do consórcio CNCC, liderado pela Camargo Corrêa, para a obra da refinaria de Abreu e Lima. Só nesse contrato, a Sanko-Sider recebeu R$ 198 milhões.

O depoimento não convenceu os parlamentares da oposição que acompanharam a sessão da CPI. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou o empresário de mentir ao dizer que não sabia quem era Youssef. “Seria muito bom se o senhor viesse a esta CPMI e falasse a verdade. O senhor tentou, aqui, nos enrolar, nos enganar e está usando da mentira”, disse.