Política

Newton Cardoso se diz neutro 'por enquanto' na disputa pela liderança do PMDB

Newton Cardoso se diz neutro ‘por enquanto’ na disputa pela liderança do PMDB Newton Cardoso se diz neutro ‘por enquanto’ na disputa pela liderança do PMDB Newton Cardoso se diz neutro ‘por enquanto’ na disputa pela liderança do PMDB Newton Cardoso se diz neutro ‘por enquanto’ na disputa pela liderança do PMDB

Brasília – Assediado pelos grupos de Leonardo Picciani (RJ), de Leonardo Quintão (MG) e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o deputado mineiro Newton Cardoso Júnior (MG) deixou a Casa na tarde desta terça-feira, 19, afirmando que, por enquanto, se manterá neutro na disputa pela liderança da bancada peemedebista.

Cardoso acredita que a tendência é haver três candidaturas. Disse que pode, eventualmente, apoiar Picciani, mas ao mesmo tempo se mostra disposto a conversar com Quintão.

Por ora, Newton Cardoso Júnior desistiu de ser candidato a líder do PMDB após a bancada mineira não chegar a um consenso sobre como se posicionar na disputa pela liderança da sigla na Casa.

“Se mudar o cenário, topo ser candidato. Mas só ponho meu nome com apoio da bancada”, insistiu.

O grupo de Quintão conversará ainda hoje com Cunha para tentar demovê-lo de lançar um terceiro nome para a disputa. “Não há necessidade de terceiro nome. Temos voto para ganhar”, afirmou Darcísio Perondi (RS).

Os aliados de Quintão chamam Picciani de “assessor do Palácio do Planalto” e dizem que ele não teria capacidade de unir a bancada neste momento.

“Líder tem de ser o porta-voz da bancada e não pode forçar posições”, pregou Hugo Motta (PB), um dos nomes aventados para concorrer à vaga. Motta é aliado de primeira hora de Cunha, admite que já foi sondado para a função, mas desconversa sobre sua disposição para a disputa. “Ninguém pode ser candidato de si mesmo”, responde.

Nesta tarde, Cunha recebeu os peemedebistas em seu gabinete. Segundo relatos, o presidente da Câmara tentou arrancar de Newton Cardoso Júnior uma posição. Sem sucesso, Cunha ouviu opiniões sobre a possibilidade das candidaturas de Motta, João Arruda (PR) e Mauro Mariani (SC). “Sou a favor sempre da disputa. Oxigena o partido”, disse Lúcio Vieira Lima (BA).

“Bicho de sete cabeças”

Candidato à reeleição, Picciani minimizou a interferência de Cunha na definição da liderança da bancada e disse que o partido tem histórico de disputas. “Não é um bicho de sete cabeças no PMDB ter essa disputa”, declarou.

Já Quintão considera que, mesmo com as movimentações nos bastidores, Cunha está enfraquecido e a busca de votos se dará efetivamente entre ele e Picciani. “Quero ser líder e estou oferecendo a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para o Picciani (desistir da candidatura)”, ironizou.

Quintão disse ter o voto da maioria da bancada mineira e fez questão de fazer um afago ao deputado Mauro Lopes (MG), cotado para assumir a Secretaria da Aviação Civil, em troca de apoiar a recondução do deputado fluminense.

“Meu desejo é que ele seja ministro de primeiro escalão. Ele deveria ser convidado para Transportes. Aviação Civil é pouco para a experiência dele”, afirmou.