Política

No aniversário do golpe militar de 64, Casagrande defende fortalecimento da democracia

Manifestação do governador do Espírito Santo vai na contramão do posicionamento do governo federal

No aniversário do golpe militar de 64, Casagrande defende fortalecimento da democracia No aniversário do golpe militar de 64, Casagrande defende fortalecimento da democracia No aniversário do golpe militar de 64, Casagrande defende fortalecimento da democracia No aniversário do golpe militar de 64, Casagrande defende fortalecimento da democracia
Foto: Hélio Filho/Secom-ES

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), lembrou em suas redes sociais do aniversário da ditadura militar no Brasil (31 de março de 1964). Com posicionamento de centro-esquerda, Casagrande defendeu o fortalecimento das instituições democráticas. “A democracia é um caminho difícil, trabalhoso, mas o único para avançar no respeito aos direitos individuais e coletivos, nas políticas sociais/econômicas, enfim, na busca por um país justo”, publicou.


Veja a publicação do governador:

A manifestação vai na contramão do posicionamento do governo federal. No seu primeiro dia como ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto estimulou as comemorações do golpe militar de 1964, que, na sua visão, serviu para “pacificar o País”. “O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março”, diz a nota divulgada pelo Ministério da Defesa, ressaltando que o episódio só pode ser compreendido a “partir do contexto da época”.

“Os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964”, diz o texto. O período que durou até 1985 é lembrado pelo fim das eleições diretas, pelo fechamento do Congresso, por censura, tortura e assassinatos praticados pelo Estado brasileiro.

A nota foi divulgada após a reunião de Braga Netto com os comandantes Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa Júnior (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica), marcada por frases duras e tapas na mesa. Os três foram demitidos por não concordar com a politização das Forças Armadas desejada pelo presidente Jair Bolsonaro. A troca simultânea nos três comandos das Forças Armadas é inédita no País.

Com informações do Estadão