Política

Nomeações de ministros serão com base em informações disponíveis, diz Cardozo

Nomeações de ministros serão com base em informações disponíveis, diz Cardozo Nomeações de ministros serão com base em informações disponíveis, diz Cardozo Nomeações de ministros serão com base em informações disponíveis, diz Cardozo Nomeações de ministros serão com base em informações disponíveis, diz Cardozo

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta terça-feira, 23, que não poderá repassar qualquer tipo de informação ao governo sobre o envolvimento na Operação Lava Jato de possíveis indicados a ministérios. Ontem, em café da manhã com jornalistas, a presidente disse que pretendia consultar o Ministério Público antes da nomeação de novos ministros.

Em rápida entrevista coletiva, Cardozo disse ter conversado ontem à noite por telefone com Janot. O chefe do Ministério Público Federal afirmou a ele que não teria como repassar qualquer informação ao governo porque as delações premiadas da Lava Jato correm sob segredo de Justiça. Cardozo disse ter repassado o posicionamento de Janot para Dilma Rousseff hoje pela manhã.

“O procurador-geral da República nos disse que não tinha como fornecer qualquer tipo de informação, uma vez que essa questão está sob sigilo legal e que naturalmente não dependeria de uma decisão dele a respeito”, afirmou. Segundo ele, o repasse de qualquer nome poderia atrapalhar futuras investigações.

O ministro da Justiça disse que, diante da negativa de Janot, as nomeações para compor o segundo mandato de Dilma levarão em conta as “informações disponíveis” no momento. Questionado se poderiam levar em conta os vazamentos da imprensa, ele disse que a análise primeira é a que está disponível em registros oficiais e, no caso da imprensa, elas passarão por uma avaliação do governo.

Consultoria

Cardozo rebateu a crítica feita pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa segundo o qual a sugestão feita ontem por Dilma colocaria o Ministério Público como órgão de assessoria da Presidência. Barbosa chegou a chamar a iniciativa de “degradação institucional”.

“Eu acho curiosa a crítica, porque ter informações é algo básico, porque é natural que um governante, para formar a sua equipe, tenha informações”, disse Cardozo. “Talvez o ministro Joaquim não teria entendido bem, a gente não pediu consultoria, pediu informações”, completou.