Política

Clima de 'ressaca ministerial' contagia parte dos aliados na posse de Dilma

Redação Folha Vitória

Brasília - O clima na cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff, realizada na tarde desta quinta-feira, 01, deverá ser contagiado, em parte, pela "ressaca" deixada pela reforma ministerial iniciada pela petista no final de dezembro. Ao chegar ao Congresso Nacional, o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, e o líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), demonstraram descontentamento com o fato de não terem participado das negociações entre o Palácio do Planalto e o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), que culminaram na indicação do cearense para o ministério da Educação.

"Vamos conversar ainda com a presidente Dilma e logo depois dessa conversa, na próxima semana, vamos ficar sabendo como vão ficar as coisas", afirmou Eurípedes Júnior. Questionado se a indicação de Cid Gomes não contemplaria o partido, o dirigente afirmou: "O ministério é do Cid ou do PROS? Pelo o que ele tem dito, não é do PROS". Segundo o deputado Givaldo Carimbão, a cúpula da legenda também não foi convidada para participar da posse de Cid Gomes na pasta da Educação, prevista para ocorrer nesta sexta-feira, 02, a partir das 11 horas, em Brasília. "Não fomos convidados", afirmou Carimbão. Questionado sobre o motivo da falta do convite, o deputado emendou: "Você já entendeu tudo".

Em entrevista ao Broadcast Político na última segunda-feira, 29, logo após ter o nome confirmado na equipe da presidente Dilma Rousseff, Cid Gomes falou sobre a divisão dos ministérios entre os partidos da base aliada. Na ocasião, considerou que não foi convidado pelo fato de ser um dos principais expoentes do PROS, mas pelo perfil de gestor. "Na medida que aceitei convite para assumir um ministério técnico, vou me abster de fazer comentários políticos. Mas fui convidado pela presidente, que tem lá suas preferências. Não foi por causa do PROS, que é muito pequeno. Não fui escolhido por uma questão partidária", disse.

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