Política

Cidades da Grande Vitória podem ter mais de sete estações em novo aquaviário. Veja os locais

Empresa do Rio de Janeiro terá 60 dias para formular e apresentar estudos técnicos que levem em consideração percurso, rotas de embarque e custo da operação

Embarcação da EcoBalsas em operação Foto: ​Divulgação/EcoBalsas

A implantação de um novo sistema aquaviário na Grande Vitória foi a pauta de um encontro realizado na manhã desta quarta-feira (11) entre os prefeitos Max Filho (PSDB), de Vila Velha, Luciano Rezende (PPS), de Vitória e representantes da Prefeitura de Cariacica.

Na ocasião, um modelo de operação aquaviária em vigor no Rio de Janeiro foi apresentado por empresários aos gestores a fim de adaptá-lo para a realidade local.

Dependente de sanção do governo do Estado, o sistema será alvo um estudo técnico que deve ficar pronto em 60 dias e levará em consideração a viabilidade do transporte de passageiros em ao menos sete pontos da Grande Vitória: Praça do Papa, Centro e região do antigo Terminal Dom Bosco, na capital; Prainha, Glória e Paul, em Vila Velha; e Porto de Santana, em Cariacica. 

"Podem até ser mais pontos. Agora, diferentemente do aquaviário tradicional que já existiu, há três vertentes de funcionalidade: transporte de passageiros, turismo e ecologia", afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de Vila Velha, Antônio Marcus Machado. "Os prefeitos não querem reativar o aquaviário que um dia já existiu e se mostrou deficitário. Eles querem ativar uma ligação aquaviária moderna, contemporânea, que tenha mais finalidades e que seja mais adequado financeiramente", complementa.

O empresário responsável pela apresentação foi Ricardo Herdy, presidente da EcoBalsas, que planejou o sistema aquaviário na Barra da Tijuca, região carioca cortada por diversos canais. "Ficamos alinhados no sentido de desenvolver um estudo com as pessoas das área técnicas dos municípios nos quais estaremos fazendo uma pesquisa mais detalhada em campo. A pesquisa vai envolver o fluxo e os locais onde seria esse embarque e desembarque, a fim de dimensionar o tipo de embarcação em cada ponto específico", diz Herdy.

Foto: Marcos Fernandez/PMVV

Segundo ele, a ideia é trabalhar com a mesma tarifa do transporte público na região da Grande Vitória, que equivale hoje em dia a R$ 3,20 no sistema Transcol, R$ 2,70 no sistema municipal de Vitória e R$ 2,80 no sistema municipal de Vila Velha . "A gente pretende trabalhar com o valor da tarifa vigente. Não queremos trabalhar com valor diferenciado, mas é importante que transfiramos esse valor para dados reais de fluxo, custos da operação e tudo mais para que a gente perceba se é economicamente viável".

Para o empresário, o custo e a viabilidade da operação dependem de muitas variáveis."É muito difícil dizer agora que é ou não viável, pois cada situação é ímpar. Em determinados locais, com travessia com curta distância e fluxo intenso, a operação tende a ser rentável. Quando a travessia é distante e o volume de pessoas é baixo a coisa começa a ficar difícil e acaba que só funciona se tiver subsídio do governo", explica.

De acordo com o empresário, apesar de pontos já definidos para o tráfego de pessoas estarem incluídos no estudo, é possível que alguns deles sejam considerados inviáveis e outros ganhem a adesão do sistema. Não há definição sobre a operação da empresa. "A empresa seria estabelecida no município e pagaria impostos normais como qualquer outra.  O regime desse contrato ainda avaliamos para definir se será Parceria Público-Privada, uma concessão ou outra ferramenta jurídica mais adequada para garantir estabilidade ao projeto", finaliza Ricardo.

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