Política

Ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro morre em Porto Alegre aos 84 anos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, lamentou a morte em suas redes sociais e decretou luto oficial de três dias

Foto: Acervo Câmara dos Deputados

Responsável por abrir o processo de impeachment que levou à destituição de Fernando Collor de Mello do Palácio do Planalto, em 1992, o ex-deputado federal Ibsen Pinheiro (MDB-RS)  morreu na sexta-feira aos 84 anos. O ex-parlamentar sofreu paradas cardiorrespiratórias enquanto era atendido no Hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre, e não resistiu. Ele enfrentava um câncer na medula, descoberto em dezembro. 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, lamentou a morte em suas redes sociais e decretou luto oficial de três dias. “Com muita tristeza, recebo a notícia da morte do ex-presidente da Câmara, deputado Ibsen Pinheiro. Ele presidiu a Casa com muita seriedade, num dos momentos mais importantes da democracia brasileira. Ibsen foi um exemplo para mim, tive a oportunidade de conviver e aprender muito com ele. Perdemos um homem público diferenciado”, afirmou.

O ex-deputado federal foi cremado no fim da tarde deste sábado (25) em Porto Alegre. O velório foi realizado na Assembleia Legislativa e reuniu amigos, políticos, familiares e dirigentes do Internacional, clube do qual foi dirigente.

O MDB do Rio Grande do Sul divulgou nota na qual afirma que “a perda desse grande companheiro – uma das mentes mais brilhantes da política brasileira – deixa um vazio no coração do MDB de todo o Rio Grande do Sul e do Brasil".

Nascido em São Borja em 5 de julho de 1935, Ibsen foi deputado federal por quatro mandatos, de 1983 a 2011, sempre pelo PMDB. Como deputado constituinte (1987), ajudou a elaborar a atual Constituição, promulgada em outubro de 1988.

Também foi presidente do PMDB do Rio Grande do Sul, deputado estadual e vereador. Antes de entrar para a política, atuou como jornalista, procurador de justiça e promotor. Foi ainda advogado e dirigente do Sport Club Internacional.

Em maio de 1994, diante do escândalo do Orçamento, Ibsen teve o seu mandato cassado por 296 votos favoráveis, 139 contra e 24 abstenções. A ação criminal, entretanto, foi arquivada por falta de provas em 1995. Ele se elegeu novamente deputado federal em 2006.

Fonte: Agência Câmara Notícias