Política

Geraldo Alckmin recebe apoio do PTB para disputa em 2018

Jefferson vai mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, por onde disputará uma vaga de deputado federal no ano que vem. O PTB tem 25 deputados federais e dois senadores

Redação Folha Vitória
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu o reforço do PTB em seu "palanque" Foto: Agência Brasil

Único pré-candidato ao Palácio do Planalto da base governista que já está se movimentando abertamente para 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu o reforço do PTB em seu "palanque".

Doze anos após ter o mandato cassado por sua participação no mensalão, do qual foi delator, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional do PTB, e o secretário-geral da legenda, deputado Campos Machado (SP), disseram à reportagem que a questão está fechada no partido.

Jefferson vai mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, por onde disputará uma vaga de deputado federal no ano que vem. O PTB tem 25 deputados federais e dois senadores.

"A nossa aposta é no Geraldo. É um homem que conhece gestão e sabe administrar crises", afirmou Jefferson. Questionado sobre a possibilidade de o prefeito João Doria ser o candidato tucano, Campos Machado foi categórico. "Nós só temos um candidato (a presidente), que é o Geraldo Alckmin. Se não for ele, lançaremos um nome do PTB na disputa", disse o deputado estadual.

Jefferson contou, ainda, que tem levado parlamentares petebistas de todos os Estados para encontros com o governador e que Alckmin é a "primeira opção" para concorrer pelo partido caso não se viabilize no PSDB.

"Eu, que sou secretário-geral do PTB, já estou aqui. Agora vem o presidente do partido. Mas o movimento é nacional. Já levei ao Palácio dos Bandeirantes deputados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Piauí e até o (senador) Armando Monteiro (PE). Estamos afinados com o Brasil inteiro", disse Machado.

Em São Paulo, o PTB já é um aliado antigo do PSDB, que governa o Estado há 20 anos.

Ofensiva

O posicionamento público do PTB ocorre no momento que o prefeito da capital, João Doria, é apontado por aliados como potencial candidato tucano à Presidência caso as delações da Lava Jato prejudiquem os projetos presidenciais dos senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e de Alckmin.

O Movimento Brasil Livre (MBL), um dos grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, anunciou publicamente que apoia a candidatura presidencial do prefeito, que tem negado a intenção de concorrer.

Antes do PTB, o PSB, que tem sete senadores, três governadores, 33 deputados federais e o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, sinalizou que aceita lançar Alckmin à Presidência caso o PSDB bloqueie essa possibilidade. Atual secretário de Finanças do diretório nacional e presidente da legenda em São Paulo, o vice-governador Márcio França espera assumir a presidência do PSB para pavimentar o apoio dos pessebistas ao projeto do tucano.

Outra sigla que já está na órbita do governador é o PV. O presidente nacional do partido, José Luiz Pena, é um aliado antigo do tucano e indicou aliados para cargos no governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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