Política

Ainda é muito cedo para discutir vice, avalia Ciro

Redação Folha Vitória

Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-governador Ciro Gomes afirmou nesta quarta-feira, 14, que ainda é cedo para discutir quem seria o vice em sua chapa e que o momento ainda é de conversas entre todos os partidos.

"O que tenho dito é que esta ainda não é a hora madura para alianças. Mal comparando, é como se, nesse momento, cada carro tivesse que entrar sozinho no circuito para ajustar suspensão, pneu, e lutar por um bom tempo para estar numa boa posição para o grid de largada", disse, após participar de encontro promovido pela Amcham em São Paulo. "É na largada que começa o jogo de equipe."

Nos últimos meses, Ciro distribuiu afagos a presidenciáveis de outros partidos, como o ex-prefeito Fernando Haddad, um "possível plano B" do PT para Lula, e a ex-ministra Marina Silva (Rede). Mas buscou esfriar as especulações sobre ambos. "Como posso querer a Marina de vice se ela é maior que eu? (...) Nunca procurei Haddad para ser meu vice, o PT para mim deve lançar candidato e é natural que o faça", declarou, acrescentando que não vê uma unidade dos partidos da esquerda no primeiro turno.

Segundo Ciro, as conversas se dão nesse momento em um amplo arco, que inclui inclusive o vice-governador de São Paulo, Marcio França (PSB), visto como um entrave à aproximação do partido com o PDT por sua aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Tenho conversado bastante com França e torço muito por ele. Não sei qual será o caminho do PDT aqui no Estado, mas acho que fará historia em São Paulo", afirmou.

Bolsonaro

Sobre as chances do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), Ciro disse não acreditar no potencial do candidato tão logo comece o horário eleitoral gratuito, uma vez que ele seria muito "inconsistente". "Estou percebendo aqui em São Paulo uma certa resignação. Parece que, com o Alckmin 'não dando no couro", ele vai virando o mal menor para esse mundo conservador', analisou. "Com a campanha se aclarando - e a campanha só começa com a televisão, essa é a verdade - isso deve mudar".

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