Política

PPS cresce com novas filiações e se firma como oposição ao governo

"Casa" de Luciano Rezende e Juninho, prefeitos de Vitória e Cariacica, a sigla vem se tornando o abrigo perfeito para figuras importantes, como Da Vitória e Luiz Paulo Vellozo Lucas. Meta é fazer, no mínimo, dois deputados federais, segundo presidente estadual

O ano político de 2018 sofrerá, a partir da próxima quinta-feira (8), uma grande mudança em seu cenário devido a abertura da janela partidária - período de um mês que os políticos podem trocar de partido sem o risco de perder o mandato.

E, a princípio, a nível local, um partido começa a ganhar força e se caracterizar como a grande oposição a atual administração estadual e, principalmente, ao governador Paulo Hartung: o Partido Popular Socialista (PPS).

Casa de Luciano Rezende (prefeito de Vitória) e de Juninho (prefeito de Cariacica), a sigla vem se tornando o abrigo perfeito para figuras importantes que estão insatisfeitas nos atuais partidos.

Josias da Vitória (ao centro) sairá do PDT após 12 anos para se filiar ao PPS, partido dos prefeitos Luciano Rezende e Juninho. Além dele, Luiz Paulo Vellozo Lucas também vai para a sigla

Dois exemplos claros dessa migração são o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, que deixou o PSDB, e o deputado estadual Josias Da Vitória, de saída do PDT após 12 anos no partido, que serão anunciados na noite desta terça-feira (6) como os novos filiados do partido em um evento simbólico - já que as migrações só podem acontecer, de fato, a partir de quinta-feira (8).

"Estou muito feliz, é um sentimento de uma nova vida política. O PPS me dá muita segurança, tem um formato de fazer uma política voltada para a socidade e que preza pelo diálogo", revelou Da Vitória, que tratou de elogiar as principais lideranças que fazem parte desse projeto de oposição.

Fabrício Gandini, presidente estadual do PPS

"Desde o início, fui bem acolhido pelas lideranças do partido, como Fabrício Gandini (presidente estadual), Luciano Rezende, Juninho, Deninho (vereador de Vitória) e até lideranças de fora do partido, mas que se colocam dentro desse projeto que querem ter uma alternativa diferente dentro do Espírito Santo, como a Rose de Freitas (senadora) e o Renato Casagrande (ex-governador).

Metas

A filiação de nomes representativos que não se enquadram aos projetos de seus partidos anteriores faz parte do principal objetivo da sigla para esse ano, segundo o presidente estadual Fabrício Gandini, secretário de Gestão e Planejamento de Vitória.

"Eleitoralmente, estamos nos preparando para as eleições. Queremos eleger o máximo de deputados federais possíveis, fator que determina inclusive a existência dos partidos (em função da nova cláusula de barreira) e foi o foco fechado pela executiva nacional. Além disso, queremos eleger, no mínimo, dois deputados estaduais", garante Gandini que põe como meta do partido eleger também dois deputados federais.

Edmar Camata, da ONG Transparência Capixaba, já foi convidado para se filiar a sigla

"Nossos candidatos serão o Luiz Paulo, o Da Vitória, o vereador de Vitória, Leonil; e a Lenise Loureiro, secretária de Desenvolvimento da capital".

Gandini também falou de outro nome desejado pelos partidos que poderá compor o quadro do PPS em breve. "Já conversamos com o presidente da ONG Transparência Capixaba, Edmar Camata. Ele ainda não se filiou, mas tem chances de entrar no partido", concluiu Gandini, que revelou que a sigla não conversou com o deputado Sergio Majeski, de saída do PSDB.

No Palácio Anchieta

Sem candidato definido para o governo estadual, o PPS pretende apoiar o ex-governador Renato Casagrande numa possível disputa ao Palácio Anchieta. No entanto, a decisão ainda não foi sacramentada pois Casagrande não definiu seu futuro.

Uma possibilidade que pode ser estudada, segundo Gandini, é a filiação da senadora Rose de Freitas, que já se declarou candidata ao governo, mas não sabe se ficará no MDB, partido que já tem o governador Paulo Hartung.

"Ela faz parte da discussão desse grupo político, junto com Casagrande, mas sabemos que ela precisa sair do MDB. Se ela não fizer esse movimento, não conseguirá concorrer", explica.

Uma possível filiação de Rose é aprovada por Juninho, que sempre deixou claro seu apoio pela senadora. "Eu sou suspeito para falar, mas a Rose é um excelente nome para qualquer partido. Seria uma honra ter ela no PPS", frisou o prefeito, deixando claro que não sabe de conversas sobre o assunto.

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