CORONAVÍRUS

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'Recursos devem ser direcionados ao combate à pandemia", diz prefeito de Vitória

Em entrevista à Jovem Pan News Vitória, Luciano Rezende afirmou que enfrentamento é o mais importante neste momento

Foto: Divulgação

"Fiquem em casa agora", foi a recomendação do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, em entrevista ao De Olho no Poder nesta quarta (25), na Rádio Jovem Pan News Vitória. O prefeito, que é médico com especialização em medicina esportiva, condenou o discurso recente do Presidente Bolsonaro e afirmou que o município está se esforçando para que as pessoas fiquem em caso neste momento.

"Estamos tomando medidas de acordo com a evolução da doença. O que está acontecendo é uma guerra em que o inimigo é invisível. Tem gente fazendo luta política no momento em que temos que aproveitar pra conter a disseminação do vírus", disse Luciano.

Sobre o discurso de que a economia do País não pode parar, o prefeito foi taxativo: "Não adianta pensar na economia agora se depois não houver gente pra trabalhar porque estão mortos pelo Coronavírus". 

Luciano afirmou que acha um desrespeito com a população falar de adiamento de eleições neste momento, disse que não é candidato a nada (ele não pode se candidatar a prefeito de Vitória porque está em seu segundo mandato) e os esforços no momento são para conter a pandemia na capital do Estado. No entanto, o prefeito afirmou que é a favor de direcionar todos os fundos possíveis para a contenção da covid-19.

O prefeito também disse que acha uma temeridade falar que Vitória é o segundo município do Estado em número de infectados. "Não dá pra falar disso agora porque os casos ainda vão aparecer e só podemos falar depois que terminar, que soubermos quem foi infectado, quem morreu", disse. Os municípios e o Estado usam as estatística oficial para direcionar recursos e melhorar o atendimento a vítimas.

Sobre o uso da cloroquina, medicamento apontado como possível agente de cura do Novo Coronavírus, o prefeito disse que não há nenhuma comprovação e por isso não dá para trabalhar com essa hipótese. "Você já viu alguma vacina ou medicamento pronto e aprovado? Não tem ainda e demora meses, anos para o medicamento ser desenvolvido. Por isso temos que trabalhar, neste momento, com o isolamento".

Luciano Rezende informou que vai criar um banco de alientos em parceria com a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) para atender famílias ais carentes "O cidadão vai ao supermercado e pode comprar produtos para doar. A loja separa e o Banco de Alimentos recolhe. Esses produtos serão distribuídos lá na frente, quando as pessoas mais precisarem em função do período crítico da doença". 

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