Política

Servidor nega ambulância a morador que criticou prefeitura no ES; ouça áudio

Após repercussão do caso, funcionário da prefeitura pediu exoneração do cargo nesta terça-feira

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/ PMNV

Um morador de Nova Venécia, no Noroeste do Estado, teve socorro negado após sofrer um acidente e precisar de uma ambulância. 

O responsável por negar atendimento à vítima foi o chefe da Central de Ambulâncias do município, sob o argumento de que o homem era crítico `à atual gestão do Executivo municipal.

Em um diálogo gravado e compartilhado em grupos de conversas no WhatsApp, é possível constatar a ligação de uma pessoa para a Central, solicitando uma ambulância para socorrer um homem identificado, na conversa, como "Paulinho Rolinha", vigia da prefeitura que trabalha na rodoviária da cidade. Ele teria caído e quebrado o pé.

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Após ouvir o relato da pessoa do outro lado da linha, o chefe da Central, identificado como Eduardo Cesana, diz que não irá liberar o veículo para prestar socorro ao homem machucado.

"Deixa ele lá. Tá bom? Não vou atender ele não. Deixa ele se virar; ele fala muito mal da administração. Manda ele ligar para o Samu", diz o chefe da Central na conversa.

Ouça o áudio na íntegra:

Servidor nega ambulância a morador que criticou prefeitura

                                            

Servidor pede exoneração do cargo

Na tarde desta terça-feira (26), o prefeito de Nova Venécia, André Fagundes (PDT), conversou com a reportagem do Folha Vitória sobre o ocorrido.    

Segundo o mandatário, diante da repercussão do caso, que, embora tenha vindo a público somente agora, ocorreu há cerca de um mês, o servidor acabou pedindo exoneração do cargo nesta terça.

"Sempre foi um bom profissional, mas que acabou fazendo uma fala infeliz. Ele tem sofrido uma pressão psicológica muito grande aqui na cidade, depois que esse áudio foi divulgado", disse.                                                                                          

Por fim, o prefeito informou que não corrobora com a atitude do servidor em negar socorro a um morador da cidade. "Sempre defendi, quando ainda era secretário de Saúde, que os serviços deveriam ser prestados a todos os moradores, independentemente de quem seja", concluiu o prefeito.

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