Para o Planalto, Placar da Previdência não reflete realidade da negociação
Brasília - O Palácio do Planalto minimizou o resultado desfavorável para a aprovação da reforma da Previdência mostrado nesta quarta-feira, 5, no Placar da Previdência, realizado pelo Grupo Estado, que mede a intenção de voto dos deputados. Para auxiliares do presidente Michel Temer, o levantamento não reflete a realidade de hoje de "retorno" das negociações de mudanças na proposta que estão sendo discutidas com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
Oliveira Maia vai ouvir até esta quinta-feira as demandas dos parlamentares para mudanças e depois vai se reunir com o presidente para fechar as alterações que serão incluídas no relatório. A partir da divulgação do relatório, o governo está confiante na reversão do placar.
"O placar chegou tarde. Não tem o peso da política. A reforma será aprovada. É preciso esperar que se conclua o relatório", afirmou um interlocutor próximo ao presidente Temer. O foco e toda a energia do governo estão voltados para a aprovação da reforma. "O principal já falamos. O relatório vai trazer mudanças. O placar mexe com uma realidade que não existe mais. A realidade que está discutida é diferente", disse.
O presidente não quer uma reforma simbólica e vai manter na proposta a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, que considera um ponto fundamental da reforma. Entre os pontos em negociação, estão as regras de transição, a aposentadoria rural, as mudanças para a concessão do benefício assistencial para idosos e pessoas com deficiência (BPC), acúmulo de aposentadorias e aposentadorias especiais.