Política

Líder do PDT diz que bancada honrará memória de Brizola e votará contra MP 664

Redação Folha Vitória

Brasília - Em discurso inflamado na tribuna da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 13, o líder do PDT, André Figueiredo (CE), afirmou que o partido não votará favorável à medida provisória 664, que muda as regras de acesso ao auxílio-doença e à pensão por morte. "É com muita honra que a gente vem aqui na tribuna, senhores deputados e trabalhadores do Brasil, para dizer que o PDT vai não ser favorável à medida provisória 664, que vai honrar a memória de Leonel Brizola", afirmou.

Os 19 deputados pedetistas repetiram o comportamento adotado na MP 665, que mudou o acesso ao seguro-desemprego, votando integralmente contra a admissibilidade da MP 664.

O mesmo deve ocorrer quando o texto base da medida mudando direitos previdenciários for colocado em votação, segundo Figueiredo, por ser matéria "contrária totalmente" aos princípios do PDT. "Votaremos com a nossa palavra e a nossa convicção", disse o líder, ressaltando que a bancada "não vai se curvar e não vai se calar" diante da pressão do Palácio do Planalto.

Traição

Embora o PT tenha orientado a todos os parlamentares do partido a aprovarem a MP 664, o deputado Weliton Prado (PT-MG) manteve a mesma posição da votação da MP 665. Ele votou contra a admissibilidade da MP 664 nesta quarta-feira.

A oposição acusou o governo petista de "trair" os mais humildes, desempregados, viúvas e pescadores com pacote do ajuste fiscal. "Dilma mostrou sua face corrupta e mentirosa", acusou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).

Os parlamentares levaram cartazes e faixas que chamavam as medidas de "pacote de maldades do PT". Das galerias, os sindicalistas da Força Sindical cantavam o refrão de "Vou Festejar", da sambista Beth Carvalho, onde diz: "Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão".

Pontos moeda