Política

Gerente responsável pela construção de sede da Petrobras em Vitória é preso na Lava-Jato

A Polícia Federal, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, cumpre mandados de prisão temporária, buscas e apreensão e condução coercitiva na Operação Asfixia

Sede da Petrobras, em Vitória Foto: Reprodução/Google Maps

O ex-gerente da Pretrobras responsável pela construção da sede da estatal em Vitória, Maurício de Oliveira Guedes, foi preso nesta quinta-feira (4), durante a 40° fase da operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. A fase prendeu outros dois ex-gerentes da Petrobras. 

A Polícia Federal, a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, cumpre mandados de prisão temporária, buscas e apreensão e condução coercitiva na Operação Asfixia. A força-tarefa investiga um esquema de repasses ilegais de empreiteiras para funcionários da Petrobras e tem como alvos ex gerentes suspeitos de terem recebido parte dos 100 milhões de reais em propinas.

Em delação premiada, o ex executivo da Odebrecht Carlos José Vieira Machado da Cunha afirma que Maurício Guedes era o interlocutor da empreiteira na época da construção  da sede. Para agilizar a aprovação de mudanças no projeto, a Odebrecht teria contratado consultores indicados por funcionários da Petrobras, que recebiam propina por meio de contratos fictícios.

Guedes foi apontado como uma pessoa próxima de Paulo Kazuo, um dos lobistas contratados, que teria ganhado 5,8 milhões de reais. Segundo delatores, esses lobistas recebiam até 3% do valor dos contratos aditivos como propina. O dinheiro era repassado a funcionários da Petrobras.

Irregularidades na construção da sede da estatal em Vitória já vinham sendo denunciadas. Em março, o Tribunal de Contas da União indicou superfaturamento de pelo menos 52 milhões de reais em razão de duplo pagamento de benefícios e despesas indiretas nas subcontratações.

Maurício Guedes era o superior imediato do gerente de empreendimentos da sede em Vitória, Celso Araripe. Araripe foi preso em agosto de 2015 durante mais uma fase da Lava Jato. Ele foi acusado de receber quase R$ 1,5 milhões em propinas durante a construção.

Com informações de Estadão Conteúdo.

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