Política

TRE-ES promove palestra sobre propaganda eleitoral

Debate promovido pela Escola Judiciária Eleitoral vai abordar como candidatos deverão agir e meio digital vai ganhar ainda mais força por causa de pandemia

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Advogado Diogo Rais é especialista em Direito Eleitoral e professor

Como será a propaganda eleitoral em ano de pandemia do novo coronavírus e como os candidatos deverão se comportar? Perguntas que fazem parte do debate promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-ES nesta quarta (20) às 19h.

O debate contará com as participações de Rodolfo Viana Pereira, doutor em Ciências Jurídico-políticas pela Universidade de Coimbra (Portugal), especialista em Administração de Eleições e Direito Eleitoral pela Universidade de Paris II e fundador do Instituto para o Desenvolvimento Democrático (IDDE); e de Diogo Rais, doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, advogado especialista em Direito Eleitoral, professor do Mackenzie e coordenador do livro Direito Eleitoral Digital da RT. A mediação ficará sob a responsabilidade de Rodrigo Marques de Abreu Júdice, procurador do Estado juiz membro do TRE-ES.

Para Diogo Rais Propaganda a pandemia já influenciou tudo e não tem como a politica ficar de fora. "Independente da decisão de adiamento das eleições, o processo de propaganda eleitoral vai migrar para o ambiente digital. Em 2018 já teve um novo paradigma com o tecnologia e neste ano é provável que a propaganda eleitoral ocupe 100% esse meio", afirmou.

O professor também afirmou que os candidatos que já têm familiaridade com o meio digital saem na frente na hora de conquistar mais votos. "Os chamados candidatos 2.0, que têm um trabalho mais online, podem se beneficiar muito mais do que os candidatos off line. Por causa da pandemia e também pela característica da eleição municipal, que não sai tanto na TV. Para se ter ideia, só 7% dos municípios brasileiros têm emissora então a busca de votos seria naturalmente mais corpo a corpo. Como temos uma pandemia, a campanha naturalmente migra para o digital".

Diogo diz ainda que não é tão simples assim adiar a eleição. "Eu coordeno um grupo de estudos e criamos um simulador digital. Levantamos que uma eleição precisa de 234 atos para acontecer. Cada ato tem um prazo e um tipo de ação diferente a ser tomada. Se um desses atos tem a data modificada de forma aleatória pode colocar todo o sistema em colapso então é um grande desafio".

“Propaganda Eleitoral nas Eleições de 2020" é o quinto debate promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-ES, em parceria com a Comissão de Direitos Políticos e Eleitoral da OAB-ES e a Escola Superior de Advocacia (ESA/ES), e faz parte da série de palestras, conferências e debates com foco nas eleições.

Para acessar, basta entrar nos endereços https://bit.ly/EJE-ES  ou www.tre-es.jus.br/o-tre/eje.

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