Política

Presidente do PRB no ES acredita em voto da sigla pela cassação de Cunha

Devanir Ferreira acredita que o partido votará de forma favorável à cassação do deputado Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara nesta terça-feira

Devanir Ferreira é também vereador da capital Foto: Divulgação/PRB

O presidente do PRB no Espírito Santo, Devanir Ferreira, acredita que o partido votará de forma favorável à cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara nesta terça-feira (7). Decisivo para a cassação de Cunha, o PRB será representado pela deputada Tia Eron (PRB-BA). 

Até o momento, são dez votos declarados contra a cassação de Cunha e nove favoráveis. Com isso, o voto de Eron é considerado decisivo para cassar Cunha, já que fará com o que o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), precise dar o voto de minerva para desempatar.

"Ela [Tia Eron] tem deixado muito claro, em suas declarações à imprensa, que irá ouvir as ruas, os eleitores. Acredito que quando ela fala que votará com apelo dos eleitores, está querendo dizer que deve votar pela cassação", afirmou Devanir.

Questionado se existe alguma orientação do partido ao voto da deputada, Devanir disse apenas que o processo contra Cunha no Conselho de Ética é muito recente e que o partido é bem articulado. 

Como exemplo o vereador de Vitória citou a unanimidade nos votos dos deputados do PRB, que foram favoráveis à admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT), e o fato de a sigla ter sido a primeira a deixar a base aliada do governo.

Entretanto, informações do jornal O Estado de São Paulo dão conta de que Tia Eron está reunida no início desta noite com a cúpula do partido para definir sua posição na reunião de discussão e votação do parecer que pede a cassação do mandato do peemedebista.

A informação é de que o encontro acontece com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, presidente da sigla.

Tia Eron chegou a Brasília e evitou circular pela Câmara. A pressão sobre a deputada se intensificou nos últimos dias, desde que ela sinalizou que poderá votar com o relator Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação de Cunha. 

Há pressões para que ela renuncie à titularidade do conselho ou falte à sessão, abrindo espaço para que um suplente aliado de Cunha vote em seu lugar. Nesta segunda-feira (6), a deputada desligou o celular para não ser facilmente localizada. Por esse motivo, a reportagem não conseguiu contato com a parlamentar.

Pontos moeda