Política

Presidente russo diz que acidente mostra necessidade de resolver conflito

Na mesma conversa, Putin defendeu também ser preciso fazer “uma investigação minuciosa e objetiva ao desastre". Das 298 vítimas, 154 eram holandesas e 28 autralianas.

Putin classificou o acidente como "uma tragédia" Foto: Agência Brasil

A queda do avião malaio com 298 pessoas, numa zona de conflito armado na Ucrânia, mostra a necessidade de encontrar uma solução com urgência para a crise naquele país, defendeu hoje (18) o presidente russo Vladimir Putin.

Qualificando o acidente como “uma tragédia”, Putin sublinhou ter ficado demonstrada a “necessidade de uma solução urgente e pacífica para a crise com a Ucrânia”. A posição do Presidente russo foi tomada numa conversa telefônica com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, informou a Rússia em comunicado.

Das 298 vítimas do acidente com o avião malaio, 154 eram holandesas e 28 autralianas.

Na mesma conversa, Putin defendeu também ser preciso fazer “uma investigação minuciosa e objetiva ao desastre". A primeira reação da Rússia ao acidente foi considerada pelo primeiro-ministro australiano como “muito, muito insatisfatória”. De acordo com Tony Abbot, a primeira coisa que o embaixador russo na Austrália fez foi “culpar a Ucrânia”, afirmando que “não se tratou de um acidente, mas sim de um crime”.

O primeiro-ministro britânico convocou para hoje (18) uma reunião do governo para discutir a crise causada pela queda do avião malaio no Leste da Ucrânia. Pelo menos nove britânicos estavam a bordo. “Estou chocado e triste com a queda do avião da Malásia", afirmou David Cameron na quinta-feira, através do Twitter.

O Boeing-777 fazia a ligação entre Amsterdã e Kuala Lumpur e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O avião perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, onde ocorrem combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.

Os serviços secretos norte-americanos tendem a “acreditar fortemente” que o avião tenha sido abatido por um míssil de origem ainda desconhecida.

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