Política

Após criar CPI do BNDES, Cunha descarta ‘pauta de vingança’ e nega querer derrotar o governo

O presidente da Câmara prosseguiu e disse que ele, como político e deputado, vai “exercer a minha militância defendendo a posição diferente do que defendia antes”

Via Twitter, Cunha disse que não quer apoio para derrotar o governo Foto: Estadão Conteúdo

Após chancelar a criação da CPI do BNDES, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a se pronunciar neste sábado (18) após a decisão de romper com o governo Dilma Rousseff, adotada na última sexta-feira (17).

Via Twitter, Cunha disse que não quer apoio para derrotar o governo nem que exista uma “pauta de vingança”.

— O meu gesto não significará que estou buscando ganhar número para enfrentar e derrotar o governo. Como Presidente da Câmara, vou me conduzir da mesma forma que venho me conduzindo, com independência e harmonia com os demais Poderes. Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento politico. [sic.

O presidente da Câmara prosseguiu e disse que ele, como político e deputado, vai “exercer a minha militância defendendo a posição diferente do que defendia antes”.

— Não tenho histórico de ajudar a implementar o caos na economia por pautas que coloquem em risco as contas públicas.

Cunha iniciou sua fala hoje reafirmando que a decisão de romper com o governo federal foi exclusivamente dele.

— É importante reafirmar que a minha decisão de ontem foi de caráter e em meu nome pessoal. Falei que ia defender no congresso do PMDB. [...] Não busquei nem vou buscar apoio para isso, a não ser o debate na instância partidária competente. E também não busquei e nem vou buscar apoio fora do PMDB, até porque cada partido tem e terá a sua postura dentro da sua lógica.

Ontem, Eduardo Cunha decidiu romper com o governo depois que um delator da Operação Lava Jato citou seu nome em um depoimento e disse que ele pediu US$ 5 milhões (quase R$ 16 milhões) de propina para campanha eleitoral. Antes, o presidente da Câmara havia sido citado na lista de políticos a serem investigados após os desdobramentos da operação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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