Política

Lava Jato: defesa de José Dirceu pede habeas corpus para evitar prisão

Pascowitch, acusado de intermediar contratos entre a construtora Engevix e a Petrobras, disse que pagou propina de R$ 1,5 milhão a Dirceu para que a empresa mantivesse negócios com a Estatal

José Dirceu foi condenado em 2012 no processo do mensalão a dez anos e dez meses de prisão Foto: Divulgação

Um dia após ser divulgado que o empresário Milton Pascowitch, delator da Operação Lava Jato, citou o nome do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em um dos depoimentos, a defesa dele entrou com um pedido de habeas corpus, para evitar uma eventual prisão. O requerimento foi apresentado nesta quinta-feira (2) ao Tribunal Regional da 4ª Região.

O advogado de José Dirceu, Roberto Podval, disse ao R7 que a defesa considera qualquer prisão que venha a ocorrer “desnecessária”.

—A gente acredita que possa acontecer [a prisão]. Por conta dessa crença, e por entender que se acontecer, isso é absolutamente desnecessário e, portanto, ilegal, é que a gente está tomando essa iniciativa.

Pascowitch, acusado de intermediar contratos entre a construtora Engevix e a Petrobras, disse que pagou propina de R$ 1,5 milhão a Dirceu para que a empresa mantivesse negócios com a Estatal. A defesa do ex-ministro nega. Segundo Podval, a consultoria dele tem como cliente empresas citadas na Lava Jato, inclusive a Engevix, mas não tem qualquer relação com o PT ou com a Petrobras.

José Dirceu foi condenado em 2012 no processo do mensalão a dez anos e dez meses de prisão. Ele permaneceu menos de um ano na cadeia, sendo liberado em outubro de 2014 para cumprir prisão domiciliar. Esse é um dos motivos que a defesa usa para que não vá preso novamente.

— Ele não tem absolutamente nada a ver com os operadores [do esquema de propina]. Independentemente do mérito, qualquer que fosse a razão para investigá-lo, não teria nenhum sentido a prisão. Ele sempre esteve à disposição, está em prisão domiciliar.

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