Política

Líder petista defende explicações das pedaladas no plenário do Senado

Redação Folha Vitória

São Paulo - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta terça-feira, 14, no plenário da Casa, as explicações dadas pelos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Luis Inácio Adams (Advocacia-geral da União) sobre as chamadas pedaladas fiscais. Costa chamou de "gesto de extrema gentileza e respeito ao Senado" a audiência dos dois hoje na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O líder reiterou a argumentação governista de que as explicações prestadas pelo governo são satisfatórias e que o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) não julgou como irregulares tais manobras no passado. "Não há, rigorosamente, nenhuma novidade sobre elas (pedaladas). Mais do que isso, todas essas ações estão lastreadas em metodologias que nunca foram analisadas como irregularidades graves pelo Tribunal de Contas da União em gestões passadas ou estão em conhecida fase de aperfeiçoamento", disse o senador ao argumentar que a metodologia de atrasar repasses do Tesouro a bancos estatais foi usada no passado e não foi considerada irregular pelo TCU. Costa também frisou que o próprio tribunal, em ocasiões anteriores, chamou as pedaladas de "meros atrasos de curtíssimo prazo".

O petista disse esperar que as falas do ministro hoje possam "dissipar esse grande tumulto que se tenta fazer sobre a prestação de contas da presidenta". Ele reclamou da politização de uma discussão que, a seu ver, deveria ser técnica e considerou haver uma "cortina de fumaça atrás da qual muitos interesses políticos mesquinhos querem se esconder".

Costa afirmou que o próprio uso do termo pejorativo 'pedaladas' "escancara a posição antirrepublicana daqueles que querem condenar a presidente Dilma" - antes de haver um desfecho no processo do TCU. O senador chegou a chamar de "usurpadores" os quadros da oposição que falam em interrupção do mandato antes de haver um posicionamento técnico do tribunal e a posterior avaliação das contas pelo Congresso Nacional a partir desse parecer do TCU.

Costa disse ter "plena confiança" de que o Tribunal de Contas considerará "absolutamente respondidos" os pontos questionados na prestação de contas do governo Dilma Rousseff em 2014. "Não há uma pergunta que tenha ficado sem resposta tecnicamente precisa e juridicamente embasada", defendeu.

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