Política

Ainda estamos em negociação sobre vice, diz Alvaro Dias

O jurista Miguel Reale Jr., coautor dos pedidos de impeachment dos ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff, é um dos nomes cogitados

Redação Folha Vitória

O pré-candidato do Podemos à Presidência, senador Alvaro Dias (PR), afirmou na tarde desta terça-feira, 31, que ainda está em negociações sobre a vaga de vice em sua chapa. O jurista Miguel Reale Jr., coautor dos pedidos de impeachment dos ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff, é um dos nomes cogitados.

"Ainda estamos negociando com alguns partidos", afirmou Dias que participou de palestra no escritório de advocacia Nelson Williams e Associados, em São Paulo. O Podemos negocia nos bastidores a composição de uma chapa com partidos nanicos, em troca da indicação da vaga de vice. Do grupo faz parte PSC, Avante, DC, PTC, PRTB, Patriota e PRP. Das siglas, há duas candidaturas já referendadas em convenção - Paulo Rabello de Castro (PSC) e José Maria Eymael (DC).

"Temo em falar nomes e os grandes partidos avançarem sobre eles", esquivou-se o senador paranaense. De acordo com Dias, a opção da escolha por Reale ainda está na mesa. O jurista se filiou ao Podemos, após duas décadas de militância no PSDB.

"A conversa com Reale vem desde a filiação dele. Se não houvesse a possibilidade de composição, Reale certamente seria indicado", disse.

Déficit público

O pré-candidato do Podemos prometeu que se for eleito vai zerar o déficit público no primeiro ano de governo por meio do corte de 10% de todas as rubricas do orçamento.

De acordo com o senador, o projeto seria enviado ao Congresso, que determinaria se o corte de alguma área específica seria menor.

"Vamos usar a fórmula da Angela Merkel (chanceler da Alemanha). Vamos criar um limitador emergencial de despesas para zerar o déficit público no primeiro ano de governo, no mais tardar no começo do segundo", afirmou Dias.

De acordo com o senador paranaense, os investimentos públicos estarão isentos do corte das despesas.

O pré-candidato é crítico da PEC 95, que estabeleceu que a taxa de crescimento das despesas será limitada à inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "O atual governo não consegue nem cumprir a regra de ouro", disse.

Dias prometeu ainda que vai propor a diminuição de tributos e levantou a hipótese de fazer um referendo sobre as reformas que ele pode vir a fazer nas eleições municipais de 2020.