Chequer estreia em eleições sem alianças e recursos
Fundador e ex-líder do movimento Vem Pra Rua, o empresário Rogério Chequer (Novo) vai debutar nas urnas na eleição ao governo de São Paulo atacando o que chama de "velha política". Sem coligações e recursos do Fundo Partidário, ele aposta em doações voluntárias e ações em grupos de WhatsApp e nas redes sociais para ganhar mais visibilidade em uma disputa que já conta com quatro candidaturas de partidos tradicionais - PSDB, MDB, PSB e PT.
Chequer ganhou projeção política ao participar, desde 2014, das manifestações a favor do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT). Com a proximidade das eleições, deixou o movimento para se candidatar a governador do Estado, com Andrea Menezes, que fez carreira no setor bancário, como vice na chapa.
Segundo ele, o foco de campanha será "o combate à corrupção e o desmonte do mecanismo que impede que o dinheiro chegue aos serviços públicos". O Novo defende um Estado mais enxuto, com o repasse de serviços e equipamentos para a iniciativa privada, como a gestão de linhas de metrô e trem, para diminuir o gasto público.
E o primeiro ponto criticado pelo candidato a governador são as coligações partidárias feitas sem alinhamento ideológico. "As coligações não vêm de graça. Elas criam dívidas a serem pagas, depois, com cargos e poder", afirmou Chequer.
Esquerda
Como o Novo, mas à esquerda, a candidata do PSOL ao governo paulista, Lisete Arelaro, descartou alianças com outras legendas e pretende explorar na campanha as contradições dos grandes partidos.
Pedagoga e doutora em Educação, ela se diz contra privatizações e defende o aumento dos repasses do ICMS para universidades paulistas (USP, Unesp e Unicamp) de 9,5% para 11% e critica as isenções fiscais concedidas pelos governos do PSDB em São Paulo para grandes empresas no contexto de guerra fiscal com outros Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.C