Política

Meirelles diz que MDB tem condições de vencer eleição com chapa pura

Redação Folha Vitória

O pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, afirmou, na noite desta segunda-feira, 31, que tem condições de vencer a eleição com uma chapa pura, ou seja, com um vice do mesmo partido.

"O MDB é um partido que tem base nacional, tem tempo de televisão suficiente, tem presença em todo o Brasil e não precisa fazer grandes concessões e alianças", disse o ex-ministro da Fazenda, em entrevista exclusiva para o Broadcast Político, após participar de evento em São Paulo.

Para Meirelles, o MDB, ao não fazer concessões para se aliar a outros partidos, pode manter coerência com a história do partido e com a sua própria história. "Isso é fundamental, porque as pessoas vão votar, basicamente, em propostas objetivas e no histórico de cada candidato", declarou.

O emedebista disse, no entanto, que ainda é cedo para afirmar que o cenário mais provável é a escolha de um vice do mesmo partido. "Estamos conversando com outros partidos. Vamos escolher um candidato a vice que componha conosco principalmente em termos de objetivo, proposta e histórico", afirmou, reforçando que a decisão será tomada até o fim da semana.

O pré-candidato do MDB disse ainda que tem a seu favor o fato de ter sido presidente do Banco Central durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alegando que contribuiu para que cerca de 40 milhões de pessoas saíssem da pobreza. Também mencionou o período como ministro da Fazenda no governo Michel Temer, afirmando que, durante sua gestão, o Brasil "saiu da maior recessão da sua história".

Para o ex-ministro, o fato de a economia brasileira não estar crescendo no ritmo que se esperava no início de 2018, em vez de dificultar sua campanha, vai ajudar. Na sua avaliação, os resultados decepcionantes na economia são efeitos da ameaça que representam as candidaturas de extrema esquerda e direita.

"Quando eu estava na Fazenda, no primeiro trimestre, o Brasil caminhava para crescer a um ritmo de 3%. Depois que saí e o processo eleitoral começou, a economia caiu", disse Meirelles.