Política

É preciso alguma reação por parte do governo Dilma, diz Baleia Rossi

Redação Folha Vitória

Ribeirão Preto, SP - O presidente do PMDB do Estado de São Paulo e deputado federal, Baleia Rossi, avaliou, nesta sexta-feira, 7, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que o governo da presidente Dilma Rousseff "passa por seriíssimas dificuldades" diante da crise política e econômica, além dos baixos índices de aprovação. "É preciso que haja alguma reação por parte do governo e o PMDB fez sugestão clara de redução de ministérios, que viria com corte de 38 para 20", disse.

Afilhado político do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Rossi disse que o partido estaria disposto a "cortar na carne" com a redução pela metade, "e até mais se for preciso", de seus ministérios. "O PMDB está disposto a cortar na carne e fizemos isso por escrito. É um meio de todos contribuírem. Hoje não temos de brigar por posições, temos de tentar salvar o País, temos um problema gigante e precisamos enfrentá-lo".

Atualmente, o PMDB tem seis ministros: Katia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Helder Barbalho (Pesca), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho Araújo (Portos) e Henrique Alves (Turismo). O vice-presidente Michel Temer acumula a função de ministro da Secretaria de Relações Institucionais desde a saída de Pepe Vargas.

Na avaliação do deputado federal, apesar das divergências com o governo e do recente rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o partido segue como o mais fiel ao governo Dilma, inclusive em temas polêmicos como o ajuste fiscal. "Apesar de muita gente falar que o problema é o PMDB, se você pegar as votações, o partido é o mais leal ao País e o que menos tem causado estrago ao governo", disse. "Em termos de fidelidade é o partido que tem dado sua contribuição, inclusive no ajuste fiscal que foi uma medida extremamente impopular e difícil de ser votada, mas que era necessária".

Ainda segundo o parlamentar, a bancada do PMDB na Câmara se reunirá na próxima terça-feira (11), em Brasília, para discutir a conjuntura política e a crise do governo federal .

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