Política

Enivaldo deixa CPI e deputados adiam votação sobre projeto que cria cargos na Ales

O segundo item da pauta da sessão ordinária foi o estopim para o pedido de afastamento do deputado Enivaldo dos Anjos da CPI da Sonegação fiscal

Enivaldo dos Anjos deixou a CPI da Sonegação na sessão desta segunda-feira Foto: Divulgação/Assembleia

Inconformado com a falta de equipe técnica para analisar os casos de sonegação fiscal, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) anunciou na sessão desta segunda-feira (24) que não presidirá mais a CPI da Sonegação. Ainda nesta sessão ordinária o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Theodorico Ferraço (DEM), anunciou que a presidência da comissão ficará a cargo do deputado Pastor Marcos Mansur (PSDB).

O segundo item da pauta da sessão ordinária foi o estopim para o pedido de afastamento do deputado Enivaldo dos Anjos. Ao passar pela Comissão de Finanças, o deputado Dary Pagung (PRB), que preside a comissão, encaminhou pedido de retirada de pauta, alegando impacto financeiro e aumento de despesas.

Assim que ouviu o encaminhamento do deputado Dary, o presidente da Casa, mesmo reconhecendo a necessidade de pessoal especializado para analisar as questões fiscais, determinou que o projeto fosse baixado de pauta.

O projeto, de autoria da Mesa Diretora, dispõe sobre o Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores do Poder Legislativo, seguia em discussão única em regime de urgência e já recebeu parecer da Comissão de Justiça pela constitucionalidade, com emendas apresentadas pelo deputado Rafael Favatto (PEN). 

Na Comissão de Cidadania, foi encaminhado parecer pela aprovação da matéria, também com emendas do deputado Favatto. 

“Quem tiver necessidade de mais servidores, vai ter que se contentar com o que já existe na Casa. Hoje a CPI dos Guinchos se reuniu até 13h30. E ainda existem outras comissões na Assembleia. Vou começar a avaliar minha participação nessas comissões”, avisou Enivaldo.

Em outro trecho em que se mostrou bastante aborrecido, Enivaldo afirma que foi “boicotado” por defender a Casa.

Durante os trabalhos da CPI da Sonegação os deputados enviaram à Secretaria de Estado da Fazenda pedido de quebra de sigilo fiscal das 500 maiores devedoras do Estado.